Corregedoria do RJ demite policial que vendia explosivos a traficantes
Cassação da aposentadoria de Carlos José Monteiro da Silva foi publicada no Diário Oficial do Rio. Granadas eram negociadas por R$ 2 mil
atualizado
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Rio de Janeiro – A Corregedoria da Polícia Civil demitiu o inspetor Carlos José Monteiro da Silva acusado de vender explosivos para traficantes de drogas. A cassação da aposentadoria do ex-servidor foi publicada no Diário Oficial do estado do Rio de Janeiro na quarta-feira (8/12).
O ex-policial foi acusado de negociar os explosivos por R$ 2 mil. Silva era chefe do paiol do Esquadrão Antibomba, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), quando foi preso em 2018.
Subordinados colocaram o inspetor no centro da investigação por corrupção e recolheram material após ocorrer uma explosão numa casa próximo à favela Para-Pedro, em Irajá, zona norte da cidade.
Material desviado
O local funcionava como oficina do tráfico de drogas. Na ocasião, uma pessoa morreu e outra ficou ferida. Peritos do próprio Esquadrão Antibombas identificaram granadas reaproveitadas.
Segundo a perícia, o material usado na explosão seria desviado da unidade. As investigações comprovaram ainda a ligação do agente com o policial.
Carlos José Monteiro da Silva entrou para a Polícia Civil em 1983 e, desde 1988, estava lotado no Esquadrão Antibombas. Era o mais antigo técnico da unidade de elite da instituição.
Segundo as investigações, o policial foi o instrutor que mais formou técnicos do setor especializado da unidade. O Metrópoles ainda não conseguiu contatar a defesa do ex-servidor.