Corpos de meninas mortas em deslizamento no Chile chegam ao Maranhão
Ao desembarcarem no aeroporto, os pais das meninas foram recebidos com aplausos de amigos e familiares que aguardavam a chegada
atualizado
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Os corpos das maranhenses Khálida Carvalho Trabusli e Isadora Bringel, que morreram após um deslizamento de rochas no Chile, chegaram nesta sexta-feira (07/06/2019) no Aeroporto Internacional Marechal Hugo da Cunha Machado, em São Luís. As informações são do portal G1.
Também estavam no voo os pais das crianças, Jorge Trabusli Lisboa, Lenne Carvalho Lisboa e Marcelo Bringel. Ao desembarcarem no saguão do aeroporto, eles foram recebidos com aplausos por familiares e amigos que aguardavam a chegada.
Em entrevista ao portal, Jorge Lisboa, pai da menina Khálida, disse que os dias após a morte da filha têm sido difíceis e que busca encontrar forças por conta da esposa, que está gravida de outra menina, Katharina.
“Das dores que a gente vai sentindo, e cada dia é uma diferente, o que fica pra frente é a certeza que vamos encontrar uma rotina, que ela participava e que infelizmente não vai mais participar. Isso é muito doloroso. Como já perceberam, minha esposa está gestante de outra criança e nós temos que encontra forças, pois a vida não pode parar por aqui. Nós temos responsabilidades por outra vida que está vindo”, contou Lisboa.
O velório de Khálida será realizado a partir das 19h desta sexta (07/06/2019) na Igreja Batista Filadélfia. O enterro será às 9h deste sábado (08/06/2019). Já Isadora Bringel será velada na Pax União e enterrada também às 9h de sábado.
Falta de sinalização
Jorge Lisboa voltou a dizer que o local onde ocorreu o acidente não tinha sinalização e que jamais teria levado a filha de soubesse do risco.
“Não havia nenhuma sinalização e nós não éramos os únicos lá. As crianças não ficaram nenhum minuto longe de adultos. A empresa que contratamos era legalizada. Então ninguém aventurou e nem foi arriscando. Ninguém jamais iria para lá se houvesse uma indicação de alerta e perigo (…) As ambulâncias não tinham suporte avançado, só o básico mesmo. Talvez para um pessoas que tivesse um ferimento menor ou no máximo quebrasse uma perna, mas nada de suporte avançado para atender com aquela gravidade”, afirmou.
Entenda
As crianças tinham 3 e 7 anos e morreram nessa segunda-feira (03/06/2019), depois de serem atingidas por uma rocha no reservatório El Yeso, em San José de Maipo, a cerca de 60 quilômetros da capital chilena, Santiago.
De acordo com informações da polícia, no momento do acidente as duas meninas estavam em uma área cujo acesso era proibido. A responsabilidade do gestor turístico do local está sob apuração.
As duas viajavam com seus pais em um micro-ônibus de turismo com outras 20 pessoas. Segundo a polícia, a criança mais jovem morreu no local, enquanto a menina de 7 anos ainda chegou a ser socorrida, mas faleceu em um centro médico.