Corpo encontrado dentro de geladeira em Sergipe é de jornalista gaúcho

O corpo encontrado há uma semana em uma geladeira em Aracaju, em Sergipe, era do advogado e jornalista Celso Adão Portella, de 80 anos, de acordo com confirmação da Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE).

Celso Portella é natural da cidade de Ijuí, que fica no Rio Grande do Sul. Ele se mudou para Porto Alegre, onde construiu a vida, e deixou o estado em 2001, após a morte da mãe. Celso foi para o Espírito Santo e, tempos depois, os 11 irmãos e os quatro filhos perderam contato com ele.

Anos depois, ele assumiu o cargo de professor e coordenador do curso de direito da Universidade Tiradentes (Unit), onde trabalhou de 2005 a 2008. A Unit se manifestou sobre o ocorrido, tendo divulgado uma nota de pesar, em que presta condolências à família e aos amigos.

A suspeita é uma mulher, técnica de enfermagem, de 37 anos. Ela estava ferida por lesões que ela mesma cometeu, segundo a polícia. Durante o momento do cumprimento da ordem de despejo, sua filha de 4 anos também estava no imóvel e foi recolhida pelo Conselho Tutelar, de onde foi encaminhada para a casa de familiares.

Dentro de mala e, depois, em geladeira

A mulher teria afirmado que encontrou Celso Portella morto em 2016 e, por medo das reações, guardou o corpo em posição fetal dentro de uma mala, que pôs dentro de uma geladeira.

Ela não recebia benefício previdenciário da vítima porque ele não seria aposentado pelo INSS, de acordo com sua advogada, Katiúscia Barbosa. No entanto, o delegado do caso teria dito, ao portal G1, que “ele recebeu aposentadoria até 2019 pelo INSS. Estamos tentando receber informações das instituições financeiras, para saber se houve saque ou não”.

Ela é acusada de ocultação de cadáver e maus-tratos contra a filha de 4 anos, devido às condições em que encontraram o apartamento.

Confira a íntegra da nota de pesar da UNIT