Corpo do jurista Dalmo Dallari é velado em São Paulo neste sábado
Um dos mais importantes juristas brasileiros, Dallari morreu aos 90 anos. Ele foi opositor da ditadura e atuou na defesa de direitos humanos
atualizado
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São Paulo – Com a presença de autoridades, políticos, advogados e ex-alunos, o corpo do jurista Dalmo Dallari é velado neste sábado (9/4), na capital paulista, no Salão Nobre da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Dallari foi professor emérito da (USP), instituição que também dirigiu. O sepultamento ocorrerá no Cemitério do Araçá.
Ele morreu aos 90 anos, em decorrência de um quadro de insuficiência respiratória, segundo a família.
Dallari nasceu em Serra Negra, estado de São Paulo, em 31 de dezembro de 1931. Em 1947, transferiu-se com a família para a capital paulista.
Ele deixa esposa, sete filhos, 13 netos e dois bisnetos.
Por 60 anos, ele se dedicou ao magistério e também na defesa de direitos humanos. Em seu livro. “O Poder do Juízes”, ele aponta o distanciamento das cortes da população e a falta de acesso das camadas mais pobres à Justiça.
Oposição à ditadura
Dalmo Dallari formou-se em direito pela USP em 1957. Em 1963, foi aprovado no concurso para livre-docente em teoria geral do Estado. Depois do golpe de 1964, se engajou na oposição ao regime militar.
A partir de 1972, ajudou a organizar a Comissão Pontifícia de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, ativa na defesa dos Direitos Humanos.
No ano de 1974, venceu o concurso de títulos e provas para professor titular de Teoria Geral do Estado, vindo a prosseguir suas atividades universitárias, ministrando aulas no curso de pós-graduação da SanFran.
Em 1986, foi escolhido para ser diretor, permanecendo até 1990. Na sua gestão foi iniciada a construção do prédio anexo da faculdade.
De agosto de 1990 a dezembro de 1992 foi secretário dos Negócios Jurídicos da Prefeitura do Município de São Paulo, na gestão da prefeita Luiza Erundina.