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Corpo do indigenista Bruno Araújo, executado no AM, é velado no Recife

A cerimônia é aberta ao público. Ele foi assassinado ao lado do jornalista inglês Dom Phillips no Vale do Javari

atualizado

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Anderson Stevens/Getty Images
Funeral Held for Indigenous Affairs Expert Killed in the Amazon Rainforest
1 de 1 Funeral Held for Indigenous Affairs Expert Killed in the Amazon Rainforest - Foto: Anderson Stevens/Getty Images

Família e amigos velam o corpo do indigenista Bruno Araújo Pereira, executado no Vale do Javari, no Amazonas. Ele desapareceu, com o jornalista inglês Dom Phillips, em 5 de junho. Dias depois, com a prisão de envolvidos no crime, os cadáveres dos dois foram descobertos.

O velório acontece no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife, nesta sexta-feira (24/6). A cerimônia é aberta ao público. Entre as manifestações, um grupo de indígenas prestou homenagem a Bruno.

Bruno Pereira, que tinha 41 anos, é pernambucano. O corpo dele chegou ao Recife na noite da quinta-feira (23/6), em um jato da Polícia Federal. Os restos mortais foram periciados em Brasília.

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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados
Segundo Pelado, a perseguição à lancha na qual Bruno e Dom estavam durou cerca de 5 minutos. Jeferson Lima, outro envolvido no crime, teria atirado contra Bruno, que revidou com tiros
Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno
O governo do Amazonas criou uma força-tarefa para auxiliar na busca dos desaparecidos e na investigação do caso
A região em que ocorreu o desaparecimento é de difícil acesso e faz fronteira com o Peru
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Arquivo pessoal
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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados

Divulgação
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Segundo Pelado, a perseguição à lancha na qual Bruno e Dom estavam durou cerca de 5 minutos. Jeferson Lima, outro envolvido no crime, teria atirado contra Bruno, que revidou com tiros

Divulgação/Funai
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Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno

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O governo do Amazonas criou uma força-tarefa para auxiliar na busca dos desaparecidos e na investigação do caso

Erlon Rodrigues/PC-AM
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A região em que ocorreu o desaparecimento é de difícil acesso e faz fronteira com o Peru

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Alvo da cobiça de garimpeiros, o Vale do Javari é usado como rota para tráfico de cocaína

Adam Mol/Funai/Reprodução
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Em 19 de junho, a polícia informou ter identificado outros cinco suspeitos que teriam atuado na ocultação dos cadáveres. Segundo a PF, “os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito”

Reprodução/Twitter/@andersongtorres
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Dom Phillips, 57 anos, era colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador, com a esposa

Twitter/Reprodução

Caso Dom e Bruno

O desaparecimento e as mortes de Dom e Bruno, no Amazonas, desencadearam uma série de reações de todos os níveis. As vítimas sumiram em 5 de junho, durante deslocamento.

De acordo com informações da corporação, oito pessoas estão sendo investigadas. Três delas foram presas: Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado”; Oseney da Costa de Oliveira, o Dos Santos; e Jeferson da Silva Lima, conhecido como Pelado da Dinha.

A Polícia Federal apura o que, de fato, motivou o crime. Pelado participou dos trabalhos de reconstituição do caso.

Perfil

Bruno era considerado um dos indigenistas mais experientes da Fundação Nacional do Índio (Funai).

No órgão desde 2010, ele foi Coordenador Regional da Funai de Atalaia do Norte por cinco anos. Acabou demitido, em 2019, após combater mineração ilegal em Terras Indígenas.

A  exoneração de servidor ocorreu no momento em que o presidente Jair Bolsonaro  (PL) apresentou um projeto para liberar garimpos nas reservas.

O indigenista estava licenciado da Funai e atualmente faz parte do Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente (Opi).

Bruno era alvo constante de ameaças pelo trabalho contra invasores que vinha fazendo juntos aos indígenas.

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