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Corpo de Jorge Picciani, ex-presidente da Alerj, é enterrado no Rio

O ex-deputado estadual morreu nessa sexta-feira (14/5) em hospital de São Paulo, onde estava internado para tratar um câncer na bexiga

atualizado

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Octacilio Barbosa / Alerj
velorio picciani (5)
1 de 1 velorio picciani (5) - Foto: Octacilio Barbosa / Alerj

Rio de Janeiro – Foi enterrado no Rio o corpo do ex-deputado Jorge Picciani, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio. A cerimônia aconteceu no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na zona oeste, em cerimônia restrita a familiares e amigos próximos. Antes, no entanto, houve um velório, que começou às 8h, no Palácio Pedro Ernesto, sede da assembleia, no Centro do Rio. A solenidade contou com a presença de parentes e também do prefeito Eduardo Paes (DEM) e do governador Cláudio Castro (PSC).

Picciani morreu na madrugada de sexta-feira (14/5), aos 66 anos, no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde o político estava internado desde 8 de abril para tratar um câncer na bexiga. Picciani era casado com Hortência Oliveira Picciani desde 2014. Ele deixa cinco filhos: o ex-deputado federal Leonardo Picciani; o ex-deputado estadual e ex-secretário municipal de Transportes do Rio Rafael Picciani; o zootecnista e empresário Felipe Picciani; Arthur Picciani, de 10 anos; e o caçula, Vicenzo Picciani.

“Neste momento de partida do meu querido e já saudoso pai, em meio à tristeza que toma conta de toda a família, o sentimento é de reverenciar a memória de uma pessoa que sempre teve empatia pelo próximo e que, verdadeiramente, se importava com a vida do semelhante. Fez história na política do estado ao legislar em prol do melhor para a população do Rio, e se notabilizou como um homem de palavra. Picciani vai deixar grande saudade nos nossos corações. Vai em paz, meu pai! Que Deus o acolha nos seus braços!”, escreveu Leonardo, em redes sociais.

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Filhos de Picciani recebem o governador Cláudio Castro no velório do pai, Jorge Picciani
Governador Claudio Castro presta homenagens no velório de Picciani
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Botafoguense, bandeira do clube cobriu o caixão de Picciani

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Filhos de Picciani recebem o governador Cláudio Castro no velório do pai, Jorge Picciani

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Governador Claudio Castro presta homenagens no velório de Picciani

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Político e pecuarista

Jorge Sayed Picciani nasceu em 25 de março de 1955, em Mariópolis, na zona norte do Rio de Janeiro. Era formado em contabilidade pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e em estatística pela Escola Nacional de Estatística e foi um importante político e pecuarista — desde o início dos anos 1990, Picciani se dedicava à reprodução assistida de gado.

No velório, o governador do Rio, Cláudio Castro, lamentou a morte do ex-deputado estadual. “Recebo com pesar a notícia do falecimento do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro Jorge Picciani. Expresso, neste momento, minha solidariedade à família e aos amigos”, falou Castro.

Quem também prestigiou o ex-deputado foi o prefeito Eduardo Paes, ex-parceiro político de Picciani. “Quero aqui manifestar meu pesar. Sempre tive com ele uma ótima relação. Enfim, é uma pena que a gente tenha a morte de uma pessoa ainda muito jovem, mas que teve aí um processo difícil”, disse prefeito.

Como parlamentar, Picciani será lembrado por ter criado a Comissão de Ética da Alerj — que levou à cassação quatro deputados —, a TV Alerj, a Escola do Legislativo, o Fórum de Desenvolvimento do Estado e o Parlamento Juvenil, além de ser o autor de leis como que garantiu vagões exclusivos para mulheres na hora do rush em trens e no metrô do Rio.

Prisões

Picciani foi alvo de duas grandes operações contra a corrupção na Alerj. Em novembro de 2017, a Operação Cadeia Velha prendeu o então presidente da Casa, além dos deputados Paulo Mello e Edson Albertassi, acusados de usar de sua influência para aprovar projetos favorecendo empresas de ônibus e empreiteiras.

Já em prisão domiciliar, Picciani e outros nove parlamentares, um ano depois, foram alvos da Furna da Onça, investigação que apurou o recebimento de propinas mensais de até R$ 100 mil e o loteamento de cargos para quem votasse de acordo com o interesse do governo. Pelo esquema, que teria movimentado pelo menos R$ 54 milhões, os investigados foram denunciados por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Em 2019, ele foi condenado há 21 anos de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 2ª região.

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