Corpo de ativista LGBTQIA+ ligado ao MST é encontrado carbonizado
Indícios apontam que foi um crime de ódio, provocados por homofobia. O corpo de Lindolfo Kosmaski tinha sinais de tiros
atualizado
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O corpo de Lindolfo Kosmaski, de 25 anos, foi encontrado cabonizado no último sábado (3/5), na cidade de São João do Triunfo, no estado do Paraná, onde residia. O jovem era estudante da turma de Licenciatura em Educação do Campo da Escola Latina Americana de Agroecologia (ELAA) e ativista da causa LGBTQIA+, do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O MST afirmou que indícios apontam que foi um crime de ódio, provocados por homofobia, “pois os assassinos, além de dispararem dois tiros contra o jovem LGBT, carbonizaram seu corpo”.
O movimento ainda informou que o jovem participou de diversas atividades de formação do MST, como cursos e encontros do Coletivo LGBT Sem Terra e Jornadas de Agroecologia.
“Era um jovem humilde, solidário e cheio de sonhos. Atuava como professor na rede estadual de ensino no Paraná e na última eleição municipal concorreu a vereador pelo PT no município de São José do Triunfo. Além disso, estava dando sequência aos estudos cursando mestrado no Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e em Matemática na Universidade Federal do Paraná (UFPR)”, diz a nota do MST.
O movimento também estendeu solidariedade à família, amigos e exigiu que os órgãos competentes acelerem as investigações.
O PT também divulgou uma nota de pesar afirmando que o jovem “foi candidato a vereador pelo PT em 2020 e com uma trajetória inspiradora de luta e coragem. Querido em sua comunidade era educador e envolvido com as lutas do campo”.