Corpo de adolescente morto no Complexo da Penha é enterrado no Rio
Thiago da Conceição, de 16 anos, foi morto dentro de casa com um tiro na cabeça na sexta feira (18/6), durante operação policial
atualizado
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O adolescente Thiago Santos da Conceição (foto em destaque), de 16 anos, foi enterrado na manhã deste domingo (20/6) no Cemitério de Irajá. O jovem foi morto dentro de casa com um tiro na cabeça, na sexta feira (18/6), durante operação policial no Complexo da Penha (RJ).
A mãe e a avó de Thiago passaram mal durante a cerimônia e precisaram de atendimento médico. De acordo com o tio do jovem, Jeovane dos Santos, o rapaz estava dentro de casa quando o projétil entrou pela janela, o atingiu e ainda acertou um violão.
“Ele caiu sentado. Eu cheguei, ele estava sentado com cabeça para baixo, com um rombo atrás da cabeça. O tiro atingiu ele, atingiu a porta que estava fechada. Atingiu aqui e pegou no violão dele”, disse Giovani ao portal G1.
A família acusou a polícia de não prestar socorro ao jovem. Em vídeos divulgados pelos próprios familiares, é possível ver viaturas perto do local onde Thiago foi baleado.
Ele foi levado pelos familiares ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiu aos ferimentos.
Operação policial
A região onde Thiago foi morto era um dos alvos da operação que reuniu 600 agentes das polícias Civil e Militar no Rio. A ação, batizada de Coalizão pelo Bem, também envolveu as polícias civis do Pará e do Amazonas. O objetivo era prender um dos chefes do tráfico do Comando Vermelho, mandante dos ataques em Manaus, no Amazonas.
Entre as motivações da ação está a informação de que Mano Kaio, que seria o mandante dos ataques, buscou esconderijo no Complexo da Penha. Além do Rio, a operação aconteceu em São Paulo e também no Amazonas. Ao todo, 3 homens foram mortos – 2 no Rio e 1 em Manaus – e 15 pessoas foram presas. Também foram apreendidos dinheiro, um fuzil, munição e uma granada.
O Ministério Público (MP) vai apurar a relação da operação policial Coalizão do Bem com a morte do jovem Thiago. Em nota, o MP informou que o plantão da instituição para receber denuncias de abusos foi informado de supostas violações a direitos, “entre elas, a morte de um adolescente de 16 anos e a violação de domicílio de morador”.