Coronel do Exército perde posto e patente por ter recebido propina
A decisão do Superior Tribunal Militar decorre de outra condeção do coronel do Exército, essa por corrupção passiva
atualizado
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O Superior Tribunal Militar (STM) declarou o coronel da reserva do Exército Paulo Roberto Saback de Macedo indigno do oficialato e decretou a perda do posto e da patente dele. A decisão decorre de outra condenação do militar, essa por corrupção passiva.
O julgamento que condenou o militar à perda do posto e da patente ocorreu na última quinta-feira (1º/2), mas só foi divulgado pelo tribunal nesta quarta-feira (7/2).
O militar havia sido condenado pelo STM por receber propina para facilitar a importação de um fuzil. À época, ele era o chefe da seção de controle de aquisições da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC), em Brasília, e assinou o Certificado Internacional de Importação (CII).
De acordo com a denúncia apresentada pela Procurador-Geral de Justiça Militar, o militar foi condenado por ter recebido propina de R$ 40 mil, de um civil com registro Colecionador, Atirador e Caçador (CAC),
A medida autorizou a importação de um Fuzil Barrett, modelo 82-A1, semi-automático, calibre 50, com cano de 29 polegadas, de uso restrito das Forças Armadas. Esse tipo de armamento tem sua aquisição proibida para CACs.
Por esse fato, o coronel tinha sido sentenciado à pena de 6 anos e 8 meses de reclusão, com regime inicial semiaberto, em razão da prática do delito de corrupção passiva.
A defesa legou que a situação tinha sido um fato isolado na vida dele durante todos os anos que esteve na Força e que a condenação não era suficiente para a perda do posto e da patente.
O Metrópoles não conseguiu localizar a defesa. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.