Coronel acusado de estuprar criança usava remédios para dopar vítimas
Segundo a polícia, o militar carregava em seu carro três frascos de medicamentos. Uma testemunha disse que não foi a primeira fez que Pedro Chavarry Duarte apareceu na lanchonete com uma criança
atualizado
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Novas descobertas apontam que uma menina de dois anos não teria sido a única vítima do coronel reformado da PM Pedro Chavarry Duarte, de 62 anos. Acusado de estuprar a garota no Rio de Janeiro (RJ), o militar carregava em seu carro três frascos de remédios que, na avaliação da polícia, seriam utilizados para dopar crianças. Ele foi preso em flagrante com a vítima, no sábado (10/9), após a denúncia de um funcionário de uma lanchonete que o atendeu e suspeitou do crime. Além dos medicamentos, uma testemunha disse que essa não teria sido a primeira vez que ele apareceu com uma criança no local.
De acordo com as investigações, a menina encontrada seminua dentro do carro do coronel foi levada até ele por uma vizinha, Thuanne Pimenta dos Santos, de 23 anos. Em depoimento, ela afirmou que foi até o encontro do homem para receber o dinheiro de uma faxina. Ela afirmou que pegou a criança com o pai para fazer um cadastro que garantiria uma vaga para tirar fotos com Papai Noel de um shopping em dezembro. No entanto, contou que deixou a criança com o coronel da PM porque havia esquecido o celular em casa. Quando voltou, o crime já havia acontecido.
Chavarry foi flagrado por uma atendente da lanchonete. De acordo com o testemunho dela, o militar pediu o lanche e foi para o carro com a criança. Minutos depois, a atendente bateu no vidro para chamá-lo, quando viu a menina sem o macacão que estava vestindo. Ainda segundo a mulher, o coronel, de roupa, estava afastando a calcinha da criança.A mãe da criança afirmou à polícia que estava trabalhando. Ainda segundo o depoimento, o marido contou a ela que a criança estava com Thuanne, e ela só a encontrou quando os policiais a procuraram em casa.
O coronel foi preso em flagrante, acusado de estupro de vulnerável e corrupção ativa, já que tentou subornar os policiais. Ao ouvir as sirenes se aproximarem da lanchonete, Chavarry tentou fugir, mas foi abordado por PMs.
Em nota, a Polícia Militar informou que o coronel reformado também será submetido a um Processo Administrativo Disciplinar que julgará sua expulsão. Na década de 1990, o então capitão Chavarry foi investigado por envolvimento com o jogo do bicho e receber propina do contraventor Castor de Andrade. Formado em Direito, passou pelo gabinete de quatro comandantes-gerais. Em 2014, foi candidato a deputado federal pelo Rio, pelo Partido Social Liberal, mas não foi eleito. (Com informações do Jornal Extra)