Coronel acusado de assédio vira réu por abusar de outra policial em SP
Cassio Novaes foi denunciado por assédio sexual, ato libidinoso, ameaça e constrangimento a uma outra policial; ele foi afastado do batalhão
atualizado
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Acusado de assédio sexual contra soldado em São Paulo, o tenente-coronel da PM Cássio Novaes virou réu pelo mesmo crime contra outra policial. Desta vez, além de assédio, ele também responde por ato libidinoso, ameaça e constrangimento, segundo o Tribunal da Justiça Militar de São Paulo (TJM).
Essa segunda denúncia surgiu após a ex-PM Jessica Paulo do Nascimento, de 28 anos, formalizar a ocorrência. A outra soldado é lotada no 50º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano (BPM/M), mesmo local onde o coronel atuava e teria cometido os assédios, segundo o G1.
Jéssica foi assediada por diversas vezes pelo coronel, que se tornou réu pelos crimes de assédio sexual e ameaça. A mulher foi exonerada da PM, após abandonar o cargo por sofrer pressão dentro da corporação.
Denúncia
Cassio foi afastado do comando do batalhão onde atuava, e ambos os casos seguem em segredo de Justiça. A segunda vítima, que não foi identificada, foi presencialmente à corregedoria e formalizou a denúncia no dia 5 de abril de 2021.
Ela estava acompanhada do capitão de seu batalhão, que apoiou a vítima. A PM acusa o coronel de assédio sexual e ameaças, também por mensagens de áudio e texto em aplicativo.
Justiça
Em relação à segunda acusação, Cassio foi indiciado pela corregedoria da PM. Assim que o inquérito policial foi concluído, o Ministério Público de São Paulo ofereceu denúncia contra ele em 7 de março deste ano.
A denúncia foi aceita pelo Tribunal de Justiça, e ele virou réu por quatro crimes.
O ato libidinoso sem consentimento da vítima e o assédio sexual teriam sido cometidos por três vezes pelo coronel. Já os outros dois crimes constam no Código Penal Militar, que são ameaça e constrangimento.
A primeira audiência foi marcada para o dia 5 de maio e está na 3ª Auditoria da Polícia Militar. Os crimes deverão ser julgados pelo Conselho Especial de Justiça, formado por quatro oficiais de patente superior à do acusado e pelo juiz da Justiça Militar, que preside o conselho.