Coronavírus: “Vai chegar no Brasil? Acho que sim”, diz Mandetta
Ministro da Saúde reuniu secretários estaduais de saúde em Brasília para traçar um plano de contingência para controlar o vírus
atualizado
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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reuniu secretários de Saúde estaduais e municipais para discutir ações de prevenção e controle do novo coronavírus. O mais recente boletim mostra 24 casos descartados, nove suspeitos e nenhum confirmado.
O encontro na sede da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em Brasília, atualizou as ações do governo brasileiro para conter o avanço da doença.
Mandetta, apesar do atual contexto brasileiro em relação à epidemia, disse acreditar que o vírus chegará ao Brasil no futuro. “Esse vírus vai chegar no Brasil? Acho que sim. Como ele vai se comportar? Se ele replicar o movimento que ele está tendo lá, acredito que não vou ter um número grande de casos”, afirmou.
Ele ressaltou a necessidade de engajamento de estados e municípios no controle. “Temos cenários totalmente assimétricos, desde o que não vai ter nenhum caso. Tem lá as pessoas que jogam nesse cenário. O que vai ter um número ínfimo de casos. Tem o cenário intermediário, em que se replicaria mais ou menos aquela situação da China. E o cenário de risco elevadíssimo, de megaepidemia. O Ministério da Saúde tem trabalhado basicamente com o intermediário”, destacou.
O ministro afirmou que espera uma vacina até o segundo semestre desse ano. “Não é a primeira vez e não será a última que o mundo vai enfrentar uma emergência internacional por um vírus novo. Se o mundo correr com a tecnologia que tem, esperamos em seis meses, no segundo semestre, a gente já tenha uma vacina’, concluiu.
O Executivo federal buscou ajuda ainda do Ministério da Defesa e da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) para monitorar as mortes e os casos no mundo.
Neste sábado (08/02/2020), chegarão à Anápolis brasileiros que estavam na China, onde o vírus começou a se espalhar. Eles pediram repatriação e serão trazidos pela Força Aérea Brasileira (FAB).
Mandetta ressaltou a necessidade de se manter a atenção com outras doenças como dengue, sarampo, zika e chicungunha quando observado um caso suspeito de coronavírus. “O que a gente quer fazer é tirar (a dúvida) com vacina de virose para auxiliar a identificação como coronavírus”, explicou.
O ministro enfatizou que os secretários de estado devem fazer uma reunião semelhante com todos os secretários municipais da definir suas estratégias. “É preciso definir parâmetros, formas, para onde se leva um paciente com suspeita, por exemplo”, concluiu.