Coronavírus: preço das máscaras aumentou 3.000%, diz federação
Um ofício que aponta aumento abusivo no valor de diferentes produtos e a falta deles será enviado ao Ministério da Saúde
atualizado
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Em meio à crise do coronavírus, a Federação e o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo denunciaram o aumento abusivo de preços de materiais e produtos usados nos serviços de saúde. Um ofício será enviado ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e secretários de saúde.
De acordo com o ofício, há um falta crônica de álcool gel 70%, máscaras e diversas medicamentos, alguns deles não relacionados ao coronavírus.
Segundo nota divulgada pelo sindicato, o problema atinge, principalmente, serviços de saúde de pequeno e médio porte. O sumiço dos insumos do mercado levou a aumentos abusivos. Veja abaixo o levantamento:
- Caixa com 50 unidades de máscara tripla com elástico passou de R$ 4,50 em janeiro 2020 para R$ 35 no começo deste mês. Nessa terça-feira (17/03), passou a R$ 140;
- Duzentos pares de luva descartável custava R$ 14,70 no mês passado e, nesta quarta-feira (18/03), era encontrada a R$ 22;
- Álcool gel de 800 ml passou de R$ 18,90 em janeiro para R$ 22,76 nesta quarta. No entanto, não há previsão de entrega;
- Omeprazol de 40 mg custava R$ 5,72 no dia 10 de março e passou para R$ 15,20 no dia 12;
- Catéter 22 — usado para soro — custava R$ 0,65 no começo deste mês e, hoje, é encontrado a R$ 2,46 a unidade. Está em falta no mercado;
- Berotec 20 ml, para inalação, custava R$ 2,45 no dia 5 e passou para R$ 13,25.
De acordo o presidente da Federação e o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, Yussif Ali Mere Jr, “é urgente que se coíbam abusos para que os serviços de saúde possam garantir o atendimento digno e de qualidade à população”. “Precisamos que as autoridades de saúde fiscalizem o que está ocorrendo e deem solução emergencial”, defendeu.