Coronavírus: hospitais militares reforçarão socorro a doentes
Bolsonaro anunciou a medida como mais uma ação contra o vírus. Contudo, presidente disse que haverá “dificuldades” durante a pandemia
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou que hospitais militares reforçarão a rede de saúde no socorro aos pacientes infectados com coronavírus.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o chefe do Palácio do Planalto afirmou que já pediu ao Ministério da Defesa para se preparar para os atendimentos. Ele ainda afirmou que “toda coisa [grave] que acontece se recorre às Forças Armadas”. As declarações foram dadas nesta segunda-feira (16/03).
Segundo o presidente, o país enfrentará dificuldades, mas o governo está se movimentando para minimizar os efeitos da pandemia, declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na última quarta-feira (11/03). Bolsonaro disse que anunciará novas medidas para conter o avanço do vírus. O país tem 200 infectados.
“Vai ter dificuldade, sem dúvidas. Já orientamos o Ministério da Defesa para preparar os hospitais militares para receber pessoas”, adiantou durante a entrevista, sem apresentar detalhes.
Nesta segunda-feira, integrantes do governo e ministros se reunirão para definir outras medidas de saúde pública e econômicas para controlar a propagação do vírus.
Idosos em isolamento
O Ministério da Saúde atualizou as medidas de prevenção e recomendou que pessoas com 60 anos ou mais e doentes crônicos, como diabéticos e aqueles com doenças cardiovasculares, fiquem em autoisolamento para evitar o contágio pela doença.
Esse grupo é o mais vulnerável ao coronavírus. A nova diretriz foi divulgada pela conta oficial do Ministério da Saúde no Twitter. “Para esse público, recomenda-se evitar viagens, cinemas, shoppings e outros locais com aglomerações”, destaca o comunicado.
Teste
Nesta terça-feira (17/03), Bolsonaro passará por um novo teste. Um primeiro exame deu negativo. A possível contaminação ganhou musculatura após a viagem a Miami. Onze pessoas da comitiva testaram positivo para o coronavírus. Ele refuta qualquer sintoma. “Estou me sentindo muitíssimo bem”, frisou.
Bolsonaro minimizou os efeitos negativos de ter cumprimentado apoiadores no último domingo. “Não posso viver uma psicose dentro de casa. Eu não consigo trabalhar de casa, tenho que despachar da presidência”, afirmou.