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“Corintiano”: Lula endossa violência contra as mulheres, diz Kicis

Presidente falou sobre o aumento da violência contra mulher após jogos de futebol: “Se é corintiano, tudo bem”

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Metrópoles Entrevista a deputada Bia Kicis - metrópoles
1 de 1 Metrópoles Entrevista a deputada Bia Kicis - metrópoles - Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

A deputada federal Bia Kicis (PL-DF), líder da minoria na Câmara dos Deputados, disse, em entrevista ao Metrópoles, que as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre violência contra mulheres após partidas de futebol endossam as atitudes violentas.

“Está fazendo outra de que quando tem jogo de futebol aumenta a violência contra as mulheres, mas se for do Corinthians, está tudo bem que ele é corintiano”, destacou a deputada. “Então, endossando a violência contra mulheres, isso é um absurdo. Eu, como mulher, não posso me calar diante disso de forma alguma. Então, todas as declarações que ele faz são de muito mau gosto. São declarações graves, sérias e a gente não pode deixar passar em branco”, enfatizou Bia Kicis.


O presidente Lula, na última terça-feira (16/7), salientou o recorte de uma pesquisa relacionada ao aumento da violência contra as mulheres. A declaração do petista repercutiu, de forma negativa, entre apoiadores e opositores.

“Hoje, eu fiquei sabendo de uma notícia triste. Eu fiquei sabendo que tem pesquisa, Haddad, que mostra que, depois de jogo de futebol, aumenta a violência contra a mulher. Inacreditável… Se o cara é corintiano, tudo bem. Mas eu não fico nervoso quando perco. Eu lamento profundamente”, disse o presidente.

A pesquisa citada foi divulgada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o Instituto Avon, em 2022, e mostra que as ameaças contra mulheres aumentam em até 50% em dias de jogos de futebol.

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Alta do dólar

Bia Kicis também frisou as consequências das falas problemáticas de Lula para a economia brasileira, em especial a variação do dólar. A deputada federal é apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e compõe a base de oposição ao governo Lula na Câmara dos Deputados.

A deputada classificou a gestão de “desgoverno”. “Tudo que ele fez tem sido um desastre. Tudo o que ele tem feito até agora. E ele abre a boca, o dólar dispara, então, internamente também”, destacou Bia Kicis.

“Então meu diagnóstico não é para esse desgoverno. É um desgoverno realmente trágico para o Brasil”, complementou a deputada federal.

Confira o trecho da entrevista:

As declarações de Lula têm afetado, em especial, a escalada do dólar e a crise entre o Palácio do Planalto e o Banco Central (BC). O petista tem realizado duras críticas ao mercado financeiro e a gestão de Campos Netos à frente do BC.

Lula, em entrevista à Rádio Sociedade, de Salvador (BA), afirmou que Campos Neto tem “viés político” e não possui perfil para gerir o Banco Central. “Agora, o que não dá é você ter alguém dirigindo o Banco Central com viés político. Definitivamente, eu acho que ele [Campos Neto] tem viés político. Agora, veja, eu não posso fazer nada, porque ele é o presidente do Banco Central, ele tem um mandato, ele foi eleito pelo Senado, eu tenho que esperar ele terminar o mandato e indicar alguém”, pontuou o presidente.

Campos Neto foi indicado por Jair Bolsonaro para comandar o Banco Central, e ficará no cargo até o final deste ano.

Uma das principais críticas de Lula a respeito da gestão de Campos Neto está relacionada à manutenção da taxa básica de juros, a Selic, acima de 10% ao ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) a Selic ficou estabelecida em 10,5%.

Para Lula, o Brasil tem apresentado bons resultados econômicos, sobretudo na geração de emprego, o que poderia favorecer uma possível queda na taxa básica de juros.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para controle da inflação. Ela é responsável por definir quanto custará para as pessoas e empresas tomarem empréstimos.

Dessa forma, as críticas de Lula no tocante a manutenção da taxa Selic causa um estresse no mercado financeiro.

Veja a entrevista completa:

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