Copacabana Palace é vendido para a Louis Vuitton por US$ 3,2 bilhões
Além hotel mais famoso do Brasil, a rede Belmond passará o controle de outras propriedades para a LVMH, dona da marca francesa
atualizado
Compartilhar notícia
A holding LVMH, dona da Louis Vuitton e outras marcas de luxo, anunciou nesta sexta-feira (14/12) a compra da rede de hotéis Belmond por US$ 3,25 bilhões. A rede administra dois hotéis brasileiros, o Hotel das Cataratas, em Foz do Iguaçu (PR), e o famoso Copacabana Palace (RJ), além de outros hotéis luxuosos. São informações do portal InfoMoney.
Além do Copacabana Palace, a Belmond passará o controle de outras propriedades hoteleiras “exclusivas” à LVMH, entre elas o único hotel em Machu Picchu, no Peru, e o Hotel Splendido, na Riviera Italiana.
Esses não são os primeiros hotéis que a LVMH passa a comandar: ela está por trás também do hotel Cheval Blanc, na estação de esqui Courchevel, nos Alpes Franceses, e a rede de hotéis Bvlgari.
A transação ainda está sujeita à aprovação dos acionistas da Belmond e de órgãos competentes, mas a expectativa é de que já no primeiro semestre de 2019 ela seja concluída.
Nos 12 meses encerrados no final de setembro, o Belmond registrou EBTIDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 140 milhões e uma receita de US$ 572 milhões. O acordo avaliou seus ativos em US$ 2,6 bilhões em ações e o restante em dívidas, totalizando os US$ 3,2 bi.
Hotel mais famoso do Brasil
Certamente o hotel mais famoso do Brasil, o Copacabana Palace foi construído entre 1919 e 1923, quando Rio de Janeiro era a capital do país, a pedido do então presidente Epitácio Pessoa. O empresário Octávio Guinle foi o responsável por bancar sua construção.
Ele foi inspirado em famosos hotéis da Riviera Francesa, como o Carlton, em Cannes, e já hospedou celebridades de todo o mundo – a atriz Brigitte Bardot, Princesa Diana, Evita Perón, Nelson Rockfeller, Janis Joplin e Louis Armstrong são algumas delas.
Em 1985, ele tornou-se patrimônio histórico e foi tombado nas esferas federal, estadual e municipal. Quatro anos mais tarde a família Guinle vendeu o hotel ao grupo OrientExpress Hotel, que colocou a propriedade sob um processo de modernização. Hoje, suas diárias partem de R$ 1.500.