Copa América: MPF pede investigação de CBF, TVs e patrocinadores
Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão pediu ao MPF nos estados que investigue CBF e empresas por “atos violadores do direito à vida”
atualizado
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O procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Vilhena, expediu nesta segunda-feira (7/6) ofícios para as representações do Ministério Público Federal “exortando” os colegas a abrir investigações por “atos violadores dos direitos à vida e à saúde” contra os envolvidos na promoção da Copa América no Brasil, incluindo entes públicos e privados.
Os ofícios foram enviados aos procuradores dos estados de Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso e São Paulo (que não deve ser uma das sedes do evento, mas é de empresas citadas) e ao Distrito Federal.
Entre os entes que o procurador pede que sejam investigados, estão a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), as emissoras de TV SBT, ESPN e Fox Sports, que detêm os direitos de transmissão, e nove patrocinadores do evento, como Latam, Ambev e Mastercard.
Consta no ofício que os planos apresentados até agora pela CBF “não garantem que não haverá alta transmissibilidade do coronavírus“. Diz ainda que trabalhadores do futebol, seguranças e jornalistas, entre outros profissionais, estarão mais expostos ao vírus.
O argumento final é de que todas as cidades onde estão previstos jogos têm mais de 80% de ocupação dos leitos de UTI.
A Copa América, que tem início previsto para o próximo dia 13 de junho, aconteceria na Colômbia e na Argentina originalmente, mas os países desistiram diante do recrudescimento da pandemia. Diante disso, o Brasil se ofereceu para sediar o evento.
A iniciativa de candidatar o Brasil foi capitaneada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A notícia dividiu opiniões no Brasil e até no seio da Seleção Brasileira. Os jogadores convocados pelo técnico Tite chegaram a ameaçar um boicote à competição, mas, segundo as últimas notícias, pretendem disputá-la sob protesto.