Coordenador do CNU garante que provas não foram violadas nem vazadas
Coordenador do Concurso Nacional Unificado (CNU), o “Enem dos Concursos”, garantiu inviolabilidade das provas, que foram recolhidas em maio
atualizado
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O coordenador-geral de Logística do Concurso Nacional Unificado (CNU), Alexandre Retamal, garantiu que as provas do certame — que já haviam sido distribuídas aos estados em maio e acabaram recolhidas após o adiamento — não foram violadas nem vazadas.
Apelidado de “Enem dos Concursos”, o CNU inicialmente seria aplicado em 5 de maio, mas, dois dias antes, o governo decidiu adiar a data em razão das enchentes no Rio Grande do Sul, que prejudicaram milhares de candidatos.
Segundo Retamal, as provas, que agora serão aplicadas em 18 de agosto, seguem mantidas em segurança. “A gente tem certeza de que as provas não vazaram, não foram violadas”, disse o coordenador, em entrevista ao Metrópoles.
“Quero que os candidatos fiquem tranquilos, tenham a certeza de que não houve qualquer tipo de violação, vazamento das provas”, salientou. Ele recebeu da ministra da Gestão, Esther Dweck, a tarefa de acompanhar pessoalmente esse processo.
“A gente reuniu todas as provas, depois que precisamos adiar, em um local seguro. A gente vistoriou todos os 18.557 malotes, um a um, para ter certeza de que todos permaneciam lacrados”, garantiu. O trabalho de conferência foi feito em parceria com oficiais da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), além de representantes dos Correios (responsável pela distribuição dos pacotes) e da Fundação Cesgranrio (a banca organizadora).
Assista:
O coordenador disse ainda que o local em que as provas estão reunidas nos últimos meses é vigiado 24 horas por dia e sete dias por semana. Segundo Retamal, toda semana são feitas visitas “inopinadas”, sem aviso prévio, ao endereço com agentes da Abin para fiscalizar a situação.
Reembolso
Após a alteração da data, o governo abriu prazo para pedidos de reembolso e mudança do local de prova — no segundo caso, apenas para os candidatos com residência no Rio Grande do Sul que fariam o certame em outros estados ou os com residência em outros estados que realizariam a prova no estado gaúcho.
Do total de 2,144 milhões de inscritos, 31.050 candidatos solicitaram devolução da taxa de inscrição e 138 pediram alteração do local de prova. Com isso, o novo número de pessoas que seguem aptas para fazer o certame é 2,113 milhões. No ranking nacional, o Rio Grande do Sul era o oitavo em quantidade de participantes, com 80.348. Após a calamidade, o número total de inscritos no estado caiu para 78.679. Foram, portanto, 1.669 desistentes no RS.
Distribuição
Os malotes com as provas começarão a ser redistribuídos no primeiro sábado de agosto (3/8), duas semanas antes da aplicação, conforme informações do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
O governo também contou com o apoio da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Exército e da Força Nacional de Segurança Pública, além das secretarias de Segurança Pública dos estados e municípios.
“A gente conseguiu garantir que as provas permanecessem seguras e vamos garantir que as provas vão chegar lá no local de aplicação com toda a segurança necessária. A rede de segurança que a gente constituiu funcionou e vai continuar funcionando até o dia da prova e depois da prova”, frisou o coordenador-geral.
Confira o cronograma atualizado:
- Acesso aos cartões de confirmação: 7 de agosto;
- Provas objetiva e discursiva: 18 de agosto;
- Divulgação dos cadernos de provas: às 20h de 18 de agosto;
- Divulgação preliminar dos gabaritos das provas objetivas: 20 de agosto;
- Divulgação dos resultados finais: 21 de novembro;
- Início da convocação de aprovados para posse: janeiro de 2025.