Coordenador da Saúde defende uso da hidroxicloroquina antes de diagnóstico
Médico militar, Allan Garcês diz ter tomado a medicação após ter tido diarreia e febre. Só depois foi diagnosticado com coronavírus
atualizado
Compartilhar notícia
Coordenador-geral de Gestão de Projetos de Saúde Digital do Ministério da Saúde, o médico e militar da reserva Allan Quadros Garcês informou, por meio das redes sociais, ter iniciado um tratamento com hidroxicloroquina mesmo sem ter sido diagnosticado com o coronavírus.
A medicação é considerada sem eficácia comprovada contra a doença pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O médico, que é defensor nas redes do presidente Jair Bolsonaro, disse ter iniciado o tratamento após ter sentido sintomas de diarreia e febre durante a noite.
“Como médico, pensei logo em Covid-19, então às 2hs da manhã resolvi iniciar logo a Hidrocloroquina com Azitromicina, para não esperar piorar. Hoje fiz a tomografia e tive o diagnóstico sugestivo para Covid-19, agora vou fazer o RT-PCR e continuar o tratamento”, disse o médico, que também exibiu o laudo do exame em sua conta no Facebook.
Na postagem, ele diz ainda ser do grupo de risco por ser cardíaco e hipertenso, e que tomou hidroxicloroquina “sem medo de efeito colateral”.
“Sou grupo de risco, tenho 50 anos, sou cardíaco, hipertenso, tenho um stent e ano passado fui diagnosticado com uma miocardite viral, mesmo assim, entrei logo com hidroxicloroquina (sem medo de efeito colateral) + azitromicina + ivermectina + zinco e vit. D”.
Garcez é ativo nas redes sociais em defesa do presidente e participou ativamente de protestos contra instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF) e contra o Congresso, descumprindo as medidas de isolamento e a orientações de uso de máscaras, conforme recomenda o próprio ministério.