metropoles.com

Contra objetivo de Guedes, fundo de precatórios será o 244º do governo

No começo do governo, a intenção do ministro da Economia, Paulo Guedes, era reduzir a quantidade desses fundos

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O fundo que poderá ser criado para pagar precatórios do governo federal será o 244 ligado ao Executivo nacional, já que hoje existem 243 deles. Antes da pandemia de Covid-19, a intenção do governo federal era inclusive diminuir a quantidade deles e uma Proposta de Emenda a Constituição (PEC) chegou a ser enviada ao Congresso tratando do assunto, a PEC 187/2019.

Conhecida como PEC de Revisão dos Fundos, ela extinguia todos os fundos que não fossem ratificados até dois anos após a sua aprovação e fazia parte do pacto federativo. Apesar da pompa com que foi anunciada pelo ministro da Economia Paulo Guedes em 2019, ela sequer chegou a sair do Senado Federal, onde espera para ir a plenário desde 9 de março do ano passado.

Durante a tramitação do projeto, o ministro Paulo Guedes declarou que sua aprovação representaria “uma mudança muito grande para o Brasil” ao permitir um maior controle do Orçamento Federal pelo sistema político. “No Brasil, eles não controlam, 96% do orçamento já está travado e eles não têm poder sobre o que fazer com o dinheiro”, avaliou em evento on-line do Credit Suisse em setembro do ano passado.

Esses fundos costumam ter gastos e receitas vinculados automaticamente e, assim, não podem ter seus recursos livremente alocados. O fundo dos precatórios funcionará desta maneira também.

A seguir, confira a lista de todos os fundos ligados ao governo federal:

Contrassenso

Diante da intenção do governo federal até o ano passado de extinguir os fundos, “é um contrassenso que essa reestruturação dos precatórios crie mais fundos”, apontou o professor de Assistência Social da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em orçamento público Evilásio Salvador.

Ele, inclusive, discorda da intenção do governo de extinguir os fundos para abater a dívida pública. Primeiro porque não resolveria o problema que pretendia endereçar. ” O problema da dívida vai seguir, está muito mais relacionado a taxa de juros e indexação”, avaliou.

Além disso, ele lembra que “muitos deles foram criados para assegurar recursos  no financiamento de políticas públicas essenciais para o país”. Na época de sua proposta, o governo federal apontou que muitos desses fundos não usavam o dinheiro guardado dentro deles. ” Pode ser que alguns tenham problema de gestão e precisem de debate para reestruturação”, concordou Salvador.

Procurado para falar sobre a lista de fundos, o Ministério da Economia não respondeu até o fechamento desta edição.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?