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Contra ex, mãe vai à Justiça para aplicar vacina da Covid em filho

Pai do menino de 8 anos enviou notificação extrajudicial para que mãe não vacinasse o filho, em guarda compartilhada

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
criança recebe vacina no braço
1 de 1 criança recebe vacina no braço - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Rio de Janeiro – Uma mãe recorreu à Justiça do Rio de Janeiro para obter autorização para vacinar o filho de 8 anos contra o coronavírus, porque o pai lhe enviou uma notificação extrajudicial em que se diz contrário à vacinação da criança para essa doença.

A advogada Fernanda Rocha, mãe do menino, protocolou ação nessa quinta-feira (27/1), distribuída para a 2ª Vara de Família de Jacarepaguá, com objetivo de obter uma liminar que a autorize a vacinar seu filho no posto de saúde próximo à casa onde moram.

“Fiquei triste, chateada, não queria constranger ninguém, nem ele, nem nosso filho. Mas, já que estou na chuva, eu vou me molhar e vou molhar todo mundo, porque é um absurdo disseminar essa corrente negacionista e gerar uma morte em massa de pessoas”, afirmou a advogada ao Metrópoles.

“Fiz a petição inicial chorando, porque estava triste com a situação”, acrescentou.

O Metrópoles teve acesso ao documento. O pai e a mãe possuem a guarda compartilhada da criança, desde que se separaram em maio do ano passado. Fernanda fica com o menino às terças e quintas, enquanto o pai vive com o menino às segundas e quartas –aos fins de semana, eles se revezam.

Antivacina

O pai da criança alegou em notificação extrajudicial, enviada à mãe, que eram baixos os riscos de morte de crianças, em caso de infecção pelo coronavírus. Embora não seja “experimental”, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e as fabricantes já informaram, porque foram testadas em três fases antes da aprovação, o pai chamou as vacinas contra a Covid de “experimentais”.

Fernanda contou ao Metrópoles que tentou ponderar ao ex-marido que os dados divulgados pelas agências regulatórias demonstravam a segurança da vacina contra o coronavírus. Ela também citou que os possíveis efeitos adversos tinham baixíssimo risco de ocorrência.

“Eu ia levar meu filho no posto e ia vacinar, que se dane. Mas como ele me notificou e sou advogada, não quero perder a razão”, explicou.

O pedido de liminar de Fernanda vai ser analisado também pelo Ministério Público do estado do Rio de Janeiro, antes de uma decisão judicial.

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