SP: contra aulas, professores depositam coroas de flores na Prefeitura
Os manifestantes afirmam que as escolas da capital não estão preparadas para o retorno das atividades presenciais por conta da Covid-19
atualizado
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São Paulo – Começou na manhã desta quarta-feira (10/2), em São Paulo, a greve de professores da rede municipal de ensino. Dezenas de manifestantes fizeram uma carreata em frente à Secretaria Municipal de Educação para solicitar trabalho remoto, enquanto a prefeitura não garante segurança sanitária para a volta às aulas presenciais na pandemia de Covid-19.
Os docentes também querem ser incluídos na lista de prioridade de vacinação contra o coronavírus. O retorno das atividades escolares presenciais em São Paulo está marcado para segunda-feira (15/2), com 35% da capacidade. A Secretaria de Educação disponibiliza uma pesquisa online sobre a volta das aulas nas escolas.
Paralelamente, outro ato foi organizado em frente à sede da prefeitura da capital. Trabalhadores da educação protestaram sob o mote “Luto por uma escola sem luto”, em que depositaram coroas de flores em frente ao prédio, para transmitirem uma mensagem contrária às aulas presenciais.
A greve é organizada por cinco sindicato: Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo (Aprofem); Sindicato dos Educadores da Infância (Sedin); Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep); Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo; e Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem).
O dirigente do Aprofem, Paulo Soares da Rocha, avalia que as escolas não estão preparadas para a reabertura. “Gostaria de saber se o secretário de Educação, prefeito e governador de São Paulo tivessem filhos em escolas públicas, elas seriam reabertas? Então, nós precisamos nos unir para fortalecer esse movimento e assim a sociedade entender o quanto é perigoso retomar as atividades presenciais. A vida não é brincadeira”.
Após o protesto, os servidores seguiram até o 16º DP, Vila Clementino, para registrarem um boletim de ocorrência pela preservação de direitos. De quinta (11/2) a domingo (14/2), os profissionais da educação realizarão reuniões virtuais para tratarem do avanço da greve.
Paralisação no estado
Nessa segunda-feira (8/2), professores da rede estadual aderiram a uma greve contra o retorno das aulas presenciais em meio à pandemia de Covid-19. Entretanto, a gestão Doria ignorou as demandas da classe e abriu mais de 5,1 mil escolas.
Até o início da noite desta quarta, o estado de São Paulo registrou 55.419 mortes causadas pelo coronavírus e 1.864.977 casos confirmados da doença.