Contaminação no rio Guandu desabasteceu mais de 400 bairros do RJ
São nove municípios no Rio de Janeiro afetados com a falta de água desde a última segunda-feira (28/8), com contaminação
atualizado
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A presença de detergente no rio Guandu causou a paralisação do sistema de fornecimento hídrico em diversas regiões do Rio de Janeiro, na última-segunda-feira (28/8). Ao todo, foram nove municípios afetados com a contaminação, com mais de 420 bairros desbastecidos.
Apesar disso, a concessionária Rio+Saneamento, responsável pelas águas e esgoto de 18 municípios do RJ, informou que já retomou o abastecimento de 21 bairros da na Zona Oeste da capital. A previsão de regularização é de 72 horas. A operação na estação da Cedae só voltou a operar com 100% da capacidade às 4h17 desta terça-feira (29/8), de acordo com um novo parecer da instituição à imprensa.
Os técnicos do Cedae afirmaram que a espuma detectada na estação de tratamento possuía um cheiro forte de tíner, que é uma mistura de solventes capaz de diluir tintas. Durante a madrugada da segunda, a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) constatou que o problema ocorreu devido ao descarte de material detergente feito por uma empresa de Queimados, no Rio de Janeiro.
Já são, ao todo, 14 horas desde a paralisação, com o fornecimento de água tendo sido interrompido às 5h30 na segunda-feira (28/8). A recomendação da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) é que os cariocas economizem água até a retomada da distribuição em todos bairros afetados, o que deve ocorrer nos próximos dias. “A medida foi tomada para garantir a segurança hídrica da população atendida pelo Sistema Guandu”, diz o trecho da nota da Cedae.
Apesar disso, a concessionária Rio+Saneamento, responsável pelas águas e esgoto de 18 municípios do RJ, informou que já retomou o abastecimento de 21 bairros da na Zona Oeste da capital. A previsão de regularização é de 72 horas. A operação na estação da Cedae só voltou a operar com 100% da capacidade às 4h17 desta terça-feira (29/8), de acordo com um novo parecer da instituição à imprensa.
Veja quais são os municípios afetados com falta de água
- Belford Roxo
- Duque de Caxias
- Itaguaí
- Nilópolis
- Nova Iguaçu
- Mesquita
- Queimados
- Rio de Janeiro
- São João de Meriti
Desabastecimento por bairro
Zona Oeste e Capital
- Bangu;
- Barra de Guaratiba;
- Campo dos Afonsos;
- Campo Grande;
- Cosmos;
- Deodoro;
- Guaratiba;
- Ilha de Guaratiba;
- Inhoaíba;
- Jabour;
- Jardim Sulacap;
- Magalhães Bastos;
- Paciência;
- Padre Miguel;
- Pedra de Guaratiba;
- Realengo;
- Santa Cruz;
- Santíssimo;
- Senador Camará;
- Senador Vasconcelos; e
- Sepetiba.
Baixada Fluminense
- São João de Meriti;
- Nilópolis;
- Belford Roxo;
- Duque de Caxias;
- Mesquita;
- Nova Iguaçu;
- Queimados; e
- partes de Itaguaí.
O presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Phelipe Campelo, considera que o caso é de crime ambiental. Ele se refere à lei de nº 9.605, de 1998.
“Art. 61. Disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar dano à agricultura, à pecuária, à fauna, à flora ou aos ecossistemas: Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa”, prevê a lei.
O artigo 61 da lei nº 9.605/1998, diz respeito a poluição das águas, com pena prevista de 1 a 4 anos de reclusão. A classificação dos crimes ambientais em cinco tipos, sendo: contra fauna; flora, poluição e outros; contra o ordenamento urbano e patrimônio cultural; e contra a administração ambiental.