Consumo de drogas e bebidas entre adolescentes cresce no Brasil
Os dados foram divulgados na manhã desta quarta-feira (13/7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
atualizado
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Dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense) trazem um panorama alarmante: nos últimos dez anos, houve um aumento no consumo de álcool e drogas entre adolescentes no Brasil.
Os dados foram divulgados na manhã desta quarta-feira (13/7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O trabalho comparou dados das quatro edições da pesquisa, feita em 2009, 2012, 2015 e 2019. Foram entrevistados alunos do 9º ano do ensino fundamental — entre os 13 e os 17 anos — das redes pública e privada em todas as capitais brasileiras.
De acordo com os dados, a experimentação de bebida alcóolica cresceu de 52,9% em 2012 para 63,2% em 2019. Esse aumento foi mais intenso entre as meninas, que saíram de 55% em 2012 para 67,4% em 2019. Para os meninos, o indicador foi de 50,4% para 58,8%.
“Os meninos da rede pública tiveram tendência de estabilidade, enquanto os da rede privada mostraram decréscimo de 2,6% ao ano. Já as meninas tiveram crescimento nas duas redes de ensino, com mais intensidade na rede pública, onde a chance aumentou 4,5% ao ano”, informa o IBGE.
Em relação a experimentação ou exposição ao uso de drogas, o índice subiu de 8,2% em 2009 para 12,1% em 2019.
“O aumento da exposição às drogas entre as meninas foi bem maior que entre os meninos, que chegaram a apresentar uma redução na razão de chances de experimentar drogas ilícitas nas escolas privadas (-30,4%). O maior aumento das chances de experimentar drogas ilícitas se deu entre as meninas escolares da rede pública, que dobraram as chances de experimentação, atingindo 107,4% de variação no período”, destaca a pesquisa.
Em relação à precocidade dessa exposição, ou seja, antes de completar 14 anos de idade, o percentual passou de 3,4% em 2009 para 5,8% em 2019. Identificou-se uma tendência de crescimento nas chances de exposição, com alta de 87,5% no período.
Já o consumo recente de drogas ilícitas, entre aqueles que haviam usado drogas alguma vez na vida, ficou estável entre 2012 (48,2%) e 2015 (46,4%), e caiu em 2019 (33,3%).