“Consolo”, diz deputado Gilberto Cattani após prisão de suspeitos
Os suspeitos de terem matado Raquel Cattani, filha do deputado, foram presos nessa quarta-feira (24/7). São o ex-marido dela e um irmão dele
atualizado
Compartilhar notícia
A polícia prendeu, nessa quarta-feira (24/7), dois suspeitos de assassinarem a produtora rural Raquel Cattani, filha do deputado estadual de Mato Grosso Gilberto Cattani (PL). O ex-marido da vítima, Romero Xavier, e o irmão dele, Rodrigo, teriam sido os responsáveis pela morte da mulher.
Raquel foi morta com mais de 30 facadas na última sexta-feira (19/7) na propriedade rural da família dela, em Nova Mutum (MT). O deputado Gilberto Cattani emitiu um comunicado nas redes sociais parabenizando as forças de segurança do estado pela elucidação do crime.
“Em nome da minha família parabenizo as Forças de Segurança do Estado de Mato Grosso por elucidar de forma rápida o crime contra nossa filha Raquel Maziero Cattani e por nos trazer, mesmo que neste momento difícil, um pouco de consolo”, diz a publicação, feita no instagram do deputado.
Em publicação nas redes sociais feita no domingo (21/7), o pai de Raquel chegou a defender o ex-genro sobre boatos envolvendo a participação dele no crime. O parlamentar pediu “respeito com a dor alheia” e Romero chegou a chorar no velório.
Os suspeitos foram encontrados em Lucas do Rio Verde, no norte do estado. O ex-marido da vítima, Romero Xavier, é apontado como mandante do crime. O irmão dele, Rodrigo Xavier teria matado a ex-cunhada e interferido na cena do crime para confundir os investigadores, de modo que parecesse um assalto, diz a polícia. Ambos irão responder por homicídio qualificado.
Investigações
Segundo o delegado Guilherme Pompeo, responsável pela investigação do caso, todas as imagens do comércio da vila e das cidades vizinhas, como São José do Rio Claro e Tapurah foram analisadas.
“Entrevistamos mais de 150 pessoas, desde vizinhos, moradores do assentamento e trabalhadores ao longo desses seis dias”, explicou o delegado.
Durante as investigações, um dos agentes notou um arrombamento na janela do quarto dos filhos e de Raquel. Em seguida, a Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso foram solicitadas para extração de possíveis impressões digitais.
Diante da possibilidade de uma cena do crime adulterada e armada, os investigadores voltaram sua atenção a Romero, que mantinha comportamento possessivo e não aceitava o término da relação com Raquel.
Irmão confessou crime, diz polícia
Já o irmão e suposto comparsa de crime, Rodrigo, irmão de Romero, tinha várias passagens pela polícia por furtos e outros crimes. Quando foi convocado para depor, ele se esquivou dos questionamentos e apresentou inconsistências na versão dos fatos, segundo os investigadores.
Equipes da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos e da Regional de Nova Mutum foram até a casa de Rodrigo localizada no norte do Mato Grosso. Durante a conversa, ele apresentou nervosismo com a presença da polícia.
No imóvel, as equipes da Polícia Civil encontraram um frasco com perfume feminino em cima de uma bancada. Com a evidência, Rodrigo confessou o assassinato e disse que cometeu o crime a mando do irmão, informou a polícia. Ele afirmou que montou a cena para simular uma latrocínio (roubo seguido de morte), ainda segundo os investigadores.