“Consequências imprevisíveis”: PGR vai apurar carta de Heleno com ameaças
O ministro afirmou que eventual apreensão do celular de Bolsonaro traria “consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”
atualizado
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O procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou um ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF) no qual informa que determinou a abertura de uma apuração preliminar para verificar a conduta do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, na edição da chamada “nota à nação brasileira”.
O texto, assinado e divulgado por Heleno no dia 22 de maio, afirmava que a eventual apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro seria “inconcebível” e traria “consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”.
A nota de Heleno foi uma reação a uma decisão do ministro Celso de Mello, do STF. Relator do inquérito que investiga a interferência de Bolsonaro na Polícia Federal, Mello havia enviado para a PGR pedidos de partidos políticos para que o celular do presidente fosse apreendido.
Veja o documento:
Manifestação da PGR by Metropoles on Scribd
Em comunicado enviado na noite desta quarta-feira (24/06) ao Supremo, Aras informou que vai analisar a carta de Heleno e que, se forem identificados elementos robustos, poderá pedir providências à Corte, como a abertura de um inquérito.
“Foi instaurada notícia de fato no âmbito da Procuradoria-Geral da República para averiguação preliminar dos fatos relatados. Caso surjam indícios mais robustos de possível prática de ilícitos pelo representado, será requerida a instauração de inquérito criminal no STF, para adoção das medidas cabíveis”, escreveu.