Conselho Tutelar foi à casa de Jairinho para checar agressões em 2019
Vizinhos denunciaram violências, pedidos de socorro e até quebra de objetos no apartamento. Ex-mulher do vereador negou qualquer agressão
atualizado
Compartilhar notícia
Rio de Janeiro – No dia 22 de agosto de 2019, representantes do Conselho Tutelar da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, estiveram no apartamento onde o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), morava com a mulher, Ana Carolina Ferreira Netto, e dois dos seus três filhos.
Eles foram checar uma denúncia feita através do telefone 180 por vizinhos do casal. Eles relataram que Ana Carolina sofria violências por parte de Jairinho.
“Sabe-se que vizinhos escutam a vítima gritando e pedindo socorro para a filha, também sofre humilhações, insultos, ofensas, inclusive que os vizinhos escutam objetos sendo quebrados dentro da residência”, descreve o atendimento do 180 realizado às 15h37 do dia 20 de junho de 2019, o qual o Metrópoles teve acesso.
Ao chegarem no apartamento, a conselheira Elizabeth do Nascimento Silva Soares foi recebida por Ana Carolina. Ela afirmou que a denúncia de agressões não procedia.
A ex-mulher de Jairinho, então, foi notificada e convidada a comparecer na sede do Conselho Tutelar da Barra da Tijuca, no dia seguinte, com a filha menor.
A menina, então, relatou que a relação dos pais era “normal” e que “às vezes eles chegam a discutir, mas que ela não vê nada de anormal e que se eles não discutissem não seria um casal normal”. A garota ainda negou presenciar a mãe sofrendo qualquer tipo de violência.
Violência a ex-mulher
Em junho de 2020, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu à 16ª DP (Barra da Tijuca) para apurar supostas agressões do vereador contra a ex-mulher Ana Carolina Ferreira Netto, mãe de dois dos três filhos dele.
Em janeiro de 2014, ela foi à delegacia e relatou que fora agredida pelo parlamentar no apartamento do então casal na Barra da Tijuca, zona este do Rio, por socos e pontapés, no dia 29 de dezembro de 2013, conforme registro de ocorrência ao qual o Metrópoles teve acesso.
Em nota, o Ministério Público alegou que “o inquérito corre sob sigilo, motivo pelo qual não é possível informações no momento”.