Conselho de secretários de Saúde critica protocolo para o uso da cloroquina
Conass afirma que o Ministério da Saúde não escutou a Comissão Tripartite gestora do SUS para elaborar o documento lançado nesta sexta
atualizado
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O novo protocolo do Ministério da Saúde para o tratamento de pacientes com diagnóstico da Covid-19, especificamente para o uso da hidroxicloroquina e da cloroquina, lançado nesta quartra-feira (20/05), recebeu críticas do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Em nota, a instituição diz que segue evidências científicas e que não corrobora com o protocolo. “Assim, ao contrário do que foi divulgado em entrevista coletiva no dia de hoje, deixa claro que tais orientações são de única responsabilidade do Ministério da Saúde”, diz a nota.
O Conass integra a Comissão Intergestores Tripartite do Sistema Único de Saúde (SUS), ao lado do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e do Ministério da Saúde. A nota esclarece que a pasta não ouviu os demais participantes da comissão para elaborar o protocolo, intitulado “Orientações do Ministério da Saúde para tratamento medicamentoso precoce de pacientes com diagnóstico da Covid-19”.
O conselho ressalta que o próprio documento destaca que não há evidências científicas que sustentem a indicação de quaisquer medicamentos específicos para a Covid-19.
“Repousa sobre o médico a responsabilidade da prescrição, conforme já dispôs o Conselho Federal de Medicina em seu parecer 04/2020, com a obrigatoriedade do consentimento livre e esclarecido do paciente ou de seus familiares, quando for o caso”, expõe a nota.
O Conass reitera que é importante prosseguir com a discussão sobre temas que se relacionam diretamente à estratégia de enfrentamento à pandemia de modo tripartite, entre eles, o isolamento social.
Leia a íntegra da nota do Conass:
Nota Do Conass by Carlos Estênio Brasilino on Scribd