Conselho de Ética: relatora prevê depoimentos de Brazão e testemunhas
Deputado Chiquinho Brazão é alvo de ação no Conselho de Ética da Câmara, após ser apontado como um dos mandantes da morte de Marielle Franco
atualizado
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A deputada Jack Rocha (PT-ES) apresentou, nessa quinta-feira (13/6), o plano de trabalho para conduzir o processo contra Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou Brazão de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes. A denúncia contra o parlamentar aconteceu depois de delação premiada do ex-policial militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa, que deu detalhes do crime.
O plano de trabalho de Jack Rocha prevê os depoimentos de Chiquinho Brazão e outras 14 testemunhas. A deputada solicitou, ainda, o relatório final do inquérito da Polícia Federal (PF) que fundamentou a denúncia do Ministério Público, a qual também foi pedida.
A deputada deseja ouvir os delegados responsáveis pela investigação do caso Marielle na Polícia Federal. São eles: Guilherme de Paulo Macho Catramby, Jaime Candido da Silva Junior e Leandro Almada da Costa.
O processo contra Brazão no Conselho de Ética foi instaurado em 15 de maio, quando recebeu aval dos parlamentares para seguir com a coleta de provas e escuta de testemunhas.
Conheça outras testemunhas solicitadas pela deputada:
- Tarcísio Motta (PSol-RJ), deputado federal;
- Raquel Dodge, ex-procuradora-Geral da República;
- Paulo Gonet Branco, procurador-Geral da República.
Entenda como seguirá o processo de cassação contra Brazão na Câmara
Jack Rocha acolheu o pedido da defesa de Chiquinho Brazão para ouvir outras oito testemunhas. Sendo elas:
- Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio de Janeiro;
- Jorge Miguel Felippe (Progressistas), vereador do Rio de Janeiro;
- Willian Carvalho dos Santos;
- Ronald Paulo Alves Pereira, Major Ronald, apontado como responsável por monitorar Marielle Franco;
- Élcio Vieira de Queiroz, ex-policial acusado de dirigir o carro usado no crime da Marielle Franco;
- Reimont Luiz Otoni Santa Bárbara;
- Marcos Rodrigues Martins, assessor da Câmara de Vereadores do Rio;
- Thiago Kwiatkowski, vice-presidente do Tribunal de Contas da cidade do Rio de Janeiro.
As testemunhas indicadas no plano de trabalho não são obrigadas a prestar depoimento. Na prática, são apenas convidadas a participar da oitiva.
Pelo regimento do Conselho de Ética, a instrução probatória, quando são colhidas provas documentais e testemunhais, pode durar até 40 dias úteis.
Chiquinho Brazão nega envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco.