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Conselho de ética processa Jean Wyllys por quebra de decoro

Processo é por conta do comentário feito pelo deputado em rede social associando atentados contra gays nos EUA com discursos de Jair Bolsonaro e Marco Feliciano. Relator pode ser aliado de Bolsonaro

atualizado

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Wilson Dias/ Agência Brasil
Jean Wyllys - Metrópoles
1 de 1 Jean Wyllys - Metrópoles - Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados instaurou nesta quarta-feira (10/8) processo disciplinar contra o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) por comentário que ele fez em uma rede social após o atentado terrorista na boate gay Pulse, em Orlando. O texto do deputado carioca foi publicado em 12 de junho e associou discursos contrários à comunidade LGBT dos deputados Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Marco Feliciano (PSC-SP) a esse tipo de violência. O parlamentar brasiliense Laerte Be

“E quando criticamos os discursos de ódio dos “bolsomitos” e “malafaias” e “felicianos” e “euricos” e das “marisas lobos” e “ana paulas valadões” da vida e dos legislativo contra gays, lésbicas e transexuais, estamos pensando justamente no quanto o discurso de ódio proferido por essas pessoas — agora em alta porque aliados dos golpistas que tomaram a presidência da República — pode levar pessoas “de bem” a praticar atos de violência física — assassinatos e agressões físicas — contra membros da comunidade LGBT”, dizia trecho do texto.

No dia seguinte, o PSC entrou com a representação pedindo que fosse instaurado um processo por quebra de decoro contra o deputado, que foi aceito nesta quarta (10). Se atingir a punição máxima no processo, Jean Wyllys poderá perder o mandato.

Junto à abertura, foi indicada uma lista tríplice com o nome dos possíveis relatores. Os indicados foram Capitão Augusto (PR-SP), Silas Câmara (PRB-AM) e Júlio Delgado (PSB-MG), o primeiro é aliado de Bolsonaro e o segundo pertence ao partido associado à Igreja Universal, que não apoia aprovação de políticas favoráveis à comunidade LGBT.

Agora, o presidente do Conselho, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), escolherá quem será o relator. Dessa forma, Jean Wyllys pode ter o seu processo relatado por pessoas ligadas àqueles que se sentiram ofendido pelo seu post.

Procurada, a assessoria do deputado Jean Wyllys afirmou que não vai se pronunciar sobre o assunto pois, na visão deles, trata-se de uma “não notícia”, de “um jogo para encobrir questões mais importantes”.

Nesta quarta, também foram instaurados processos contra Laerte Bessa (PR-DF) e Wladimir Costa (SD-PA).

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