Conselho de Ética da Câmara vota pela cassação de Dr. Jairinho
Padrasto do menino Henry Borel, de 4 anos, ele e a mãe Monique Medeiros estão presos acusados da morte do menino no dia 6 de março
atualizado
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Rio de Janeiro – O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Vereadores votou, por unanimidade, pela cassação do vereador Jairo Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho (sem partido), na tarde desta segunda-feira (28/6). O sete membros se reuniram por pouco mais de uma hora.
Padrasto do menino Henry Borel, de 4 anos, Jairinho e a mãe Monique Medeiros estão presos acusados da morte do garoto no dia 8 de março. Eles foram denunciados pelo Ministério Público por tortura qualificada e homicídio triplamente qualificado contra a criança.
Agora, o pedido de cassação será votado em plenário na quarta-feira (30/6). São necessários 34 votos dos 51 parlamentares. “O relatório está muito bem baseado será difícil a manutenção do mandato. O Conselho de Ética respeitou os ritos, com base no inquérito policial, no depoimento das testemunhas. Foi um trabalho feito com seriedade”, afirmou o relator Luiz Ramos Filho (PMN).
Esta é a primeira vez na história do Parlamento carioca que um vereador será submetido a processo de cassação. “Será difícil a manutenção do mandato. Acho que as fotos colocadas pela defesa de Jairinho no relatório foi para sensibilizar e não intimidar”, analisou Alexandre Isquierdo (Democratas), membro do Conselho.
O Metrópoles não conseguiu ainda contato com o advogado de Jairinho, Berilo Matias da Silva Neto.
Caso Henry
O menino Henry Borel Medeiros morreu no dia 8 de março, ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Segundo Leniel Borel de Almeida Júnior, ele e o filho passaram o fim de semana juntos, normalmente.
Monique e Jairinho negaram qualquer violência. Mas a babá Thayna de Oliveira Ferreira revelou que Monique sabia das agressões desde 12 de fevereiro. Já na cadeia, em carta, Monique alega que também era ameaçada por Jairinho.
Mãe e padrasto vão a júri popular.