Conselho de Ética avalia ação contra Gabriel Monteiro nesta terça
Colegiado vota caso de denúncias contra o vereador nesta terça-feira (5/4). Conselho pode abrir representação contra Monteiro
atualizado
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Rio de Janeiro – O Conselho de Ética da Câmara do Rio se reúne novamente nesta terça-feira (5/4) para definir se abre ou não representação disciplinar contra o vereador Gabriel Monteiro (PL).
O parlamentar é acusado de assédio sexual e moral por ex-funcionários e servidores dele, além de forjar vídeos com crianças em situação de vulnerabilidade para se autopromover. Gabriel Monteiro nega as acusações.
No primeiro encontro do Conselho de Ética para tratar do caso, na última semana, por maioria dos votos, foi decidido apurar as denúncias contra o vereador por sete dias.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e Juventude da Capital, abriu um inquérito para apurar se o ex-PM violou direitos da criança que aparece em um vídeo publicado nas redes sociais.
Cassação
Nesta segunda-feira (4/4), após reunião com promotores do Ministério Público, o presidente do Conselho de Ética e Disciplina da Câmara de Vereadores, Alexandre Isquierdo (União Brasil), afirmou que há elementos suficientes para abrir um processo de cassação contra o Vereador Gabriel Monteiro.
Denúncias
Gabriel Monteiro foi denunciado por quatro mulheres por estupro no Fantástico, da TV Globo. “Estamos passando subsídios para a Casa. Já há dois casos de crimes sexuais comunicados”, explicou o procurador-geral Luciano Mattos.
No último domingo (3/4), três mulheres contaram histórias parecidas de relacionamentos consentidos que acabaram em violência. Uma delas, que o conheceu em um aplicativo, alega que o parlamentar ignorou o pedido para o uso de preservativo.
Outra revelou que teve relações com o vereador antes de ele assumir o cargo na Câmara. Na casa dele, ela diz ter visto o então PM espancando uma outra mulher.
Uma terceira vítima contou uma violência sofrida em 2017. Segundo ela, durante a relação sexual, ficou com uma arma na cabeça. Na última semana, uma adolescente de 15 anos prestou queixa à polícia acompanhada dos pais. Gabriel Monteiro também prestou depoimento e negou ter vazado o conteúdo. Segundo ele, apenas dois de seus ex-assessores tinham acesso ao material além dele.