Conselho de Ética abre processo contra 6 deputadas; bancada feminina alega machismo
Deputadas foram alvo de processo por críticas a deputados que apoiaram urgência do Marco Temporal
atualizado
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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu, nesta quarta-feira (14/6), processos para investigar a conduta de seis deputadas de esquerda que criticaram os apoiadores da proposta que acelera o trâmite do projeto do marco temporal. Na ocasião, as parlamentares acusaram os deputados de “assassinos”.
Os processos instaurados miram as deputadas Célia Xacriabá (PSOL-MG); Sâmia Bomfim (PSOL-SP); Talíria Petrone (PSOL-RJ); Erika Kokay (PT-DF); Fernanda Melchionna (PSOL-RS) e Juliana Cardoso (PT-SP).
O pedido de abertura dos processos foi apresentado pelo Partido Liberal, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro. A legenda afirma que as deputadas quebraram o decoro parlamentar durante a votação, ocorrida no final de maio.
O PL argumenta que “não satisfeitos com o resultado da votação absolutamente regular e democrática, o grupo de parlamentares passou a proferir ofensas aos deputados que votaram favoravelmente chamando de ‘assassinos’ no plenário”. Segundo a sigla, as deputadas tentaram “manchar a honra de diversos deputados”.
A relatoria dos casos ainda serão sorteadas entre os integrantes do colegiado. Pelo regimento interno, são excluídos da escolha os parlamentares do mesmo estado, partido ou bloco.
“Machismo”
Em coletiva de imprensa, as parlamentares afirmaram ser alvo de “machismo” por parte do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL): “É inaceitável a seletividade que o presidente da Câmara, Arthur Lira, tem dado aos processos e ingressado no Conselho de Ética”,afirmou Fernanda Melchionna (PSOL-RS).
A queixa também se estende contra as representações a respeito dos atos do 8 de janeiro, que ainda não chegaram ao colegiado.