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Conselho de comandantes das PMs revela “preocupação” com protestos

O coronel Euller afirmou que os chefes das PMs nos estados e no Distrito Federal estão atentos à mobilização para o evento de 7 de setembro

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1 de 1 Bolsonaro-e-PMS - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O coronel Euller de Assis, presidente do Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares, afirmou que “existe preocupação” com a adesão dos PMs às manifestações favoráveis ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido), marcadas para o dia 7 de setembro.

Em entrevista à CNN Brasil, Euller de Assis, que é comandante da Polícia Militar da Paraíba há mais de 10 anos, relatou que o evento mobiliza a atenção dos chefes das PMs nos estados brasileiros e no Distrito Federal.

O policial afirmou que “os comandantes estão comprometidos com a Constituição, as polícias têm hierarquia e a Carta Magna determina que somos subordinados aos governadores. Transgressões poderão ocorrer dentro de cada estado”.

Ele também declarou que “quem tem autoridade deve pregar união nesse momento”.

De acordo com conversas em redes sociais dos comandantes das polícias, o objetivo dos protestos marcados é “separar as torcidas”. O coronel Euller afirmou que essa é uma forma de garantir que apoiadores e críticos do presidente protestem, caso decidam fazer isso no feriado, de maneira “pacífica e ordeira”.

“Os PMs da ativa sabem de suas limitações de manifestação. O foco de todos os comandantes é atuar para garantir que seja um dia de paz”, declarou.

Governadores demonstraram preocupação, na última segunda-feira (23/8), com o risco de policiais militares que apoiam o governo Bolsonaro aderirem às manifestações no próximo feriado e se insubordinarem contra a autoridade dos chefes do Executivos de cada estado.

Os gestores estaduais registraram na ata do encontro do Fórum de Governadores a necessidade de “reafirmar o compromisso dos governadores no sentido de zelar para que a missão das policiais estaduais ocorra nos limites constitucionais e da lei, como se tem verificado na história do país desde a promulgação da Constituição de 1988”.

O coronel Euller de Assis afirmou que os PMs da ativa devem respeito às hierarquias internas, mesmo com as suas “individualidades e preferências políticas”.

Em resposta sobre a recente escalada da crise entre o Executivo e Judiciário, Assis afastou a possibilidade de as organizações tentarem uma ruptura institucional, de qualquer maneira.

“Somos quase 500 mil policiais da ativa. Mas o comando tem noção de que temos uma democracia jovem e que precisa ser preservada”, afirmou ele.

O comandante ainda avaliou que “há quem fale em ruptura, intervenção, golpe. Mas isso é um trauma muito grande para o Brasil. Pedimos às autoridades que foquem na melhoria do povo. As PMs são pacificadores sociais”.

Segundo Euller, desde 2012, uma progressiva politização das PMs acontece em todo o Brasil. Ele também percebe que a adesão de uma parte considerável da categoria à candidatura de Bolsonaro, em 2018, foi resultado de um “esquecimento de décadas” por parte do Estado.

“O abandono histórico da categoria montou muitos palanques, para o Legislativo e Executivo”, disse.

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