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Conselheira tutelar diz que influencer “imitou” filha com paralisia

Segundo a conselheira, influencer Igor Viana teria feito caretas e imitações da criança, que tem paralisia cerebral

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida de influenciador digital, Igor Viana - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Goiânia – O influenciador Igor de Oliveira Viana, investigado por maus-tratos contra a própria filha, de apenas 2 anos, que tem paralisia cerebral, teria debochado da criança, feito caretas e imitações, segundo uma conselheira tutelar. Os atos ocorream durante ação do órgão, que retirou a menina dos cuidados pai.

O resgate ocorreu nessa segunda-feira (24/6), em Anápolis, a cerca de 55 km da capital goiana, e a menina foi conduzida pelo órgão para a casa da avó paterna. De acordo com a conselheira Grazielle Araújo Ramos, Igor teve um comportamento “revoltante”.

“Ele debochou muito dizendo que graças a mim, agora, ele vai ficar mais famoso do que ele já é. Ele chegou a fazer caretas imitando a criança. Aquilo ali foi de um absurdo tão grande, me revoltou de uma forma tão grande que não sei nem explicar a indignação que senti”, declarou Grazielle ao G1.

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PM e Conselho Tutelar resgatam criança com paralisia da casa do pai, o influencer Igor Viana
Quem é o influencer acusado de zombar da filha com paralisia cerebral
Influenciador é acusado de debochar de filha com paralisia cerebral
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Influencer Igor Viana investigado: doação teria pagado plástica da mãe, diz polícia

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PM e Conselho Tutelar resgatam criança com paralisia da casa do pai, o influencer Igor Viana

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Quem é o influencer acusado de zombar da filha com paralisia cerebral

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Segundo Grazielle, o pai da criança agiu de forma “cínica, irônica, debochando o tempo inteiro e rindo da situação”, com ela e com os agentes da polícia.

Igor e a mãe da menina, a também influencer Ana Vitória Alves dos Santos, conhecida como Ana de Santi, são investigados por por crimes praticados contra a filha, incluindo desvio de doações recebidas para o tratamento da criança.

Processo de guarda, segundo conselheira

De acordo com a conselheira tutelar, a guarda da menina será definida depois de um processo legal, que garante defesa a Igor de Oliveira Viana e Ana Vitória Alves dos Santos.

“Somente depois de todo o processo legal o juiz irá definir se a criança irá ficar com ele, com a mãe ou com os avós”, afirmou.

Investigação em curso

Igor de Oliveira Viana e Ana Vitória Alves dos Santos são influenciadores digitais que têm como única fonte de renda a criação de conteúdo para a internet, de acordo com a polícia.

Eles começaram a ser investigados após a polícia receber denúncias de que a menina não estaria sendo bem cuidada, estava sendo negligenciada e não tinha condições de higiene.

A delegada que apura o caso, Aline Lopes, aponta que o casal, que se separou amigavelmente há cerca de um mês, fingia brigas para comover os seguidores e arrecadar doações.

Em vídeos publicados nas redes sociais, Igor Viana compartilha a rotina da filha e até debocha da criança. De acordo com a polícia, ele está sendo investigado por maus-tratos, estelionato, desvio de proventos de pessoa com deficiência e por causar constrangimento à criança.

Ouça:

O influenciador negou os crimes. Ao G1 ele argumentou que não era obrigado a gastar o dinheiro arrecadado apenas com a filha. “Minha filha não tem Pix, então se eles foram trouxas, a culpa não é minha. Eu não sou obrigado a usar o dinheiro que eles mandam especificamente com a minha filha. Eu também tenho necessidades a serem supridas. Também sou um ser humano”, falou Igor.

Já Ana Vitória Alves dos Santos está sendo investigada depois que a polícia recebeu uma denúncia de que ela teria utilizado o dinheiro doado para a menina a fim de realizar uma cirurgia plástica.

Em nota, a defesa de Ana Vitória disse que ela é inocente, mas que, por se tratar de inquérito policial que tramita sob sigilo, a defesa e os envolvidos estão impedidos de prestar informações mais detalhadas sobre a investigação.

O advogado de defesa Daniel Louredo Cardoso informou também que a mãe da menina já se apresentou à Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) para prestar todos os esclarecimentos que o caso requer.

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