Conselhão vai discutir em GT a diminuição da taxa de juros
Após reunião com Lula, presidente da Febraban recebeu autorização para tratar da queda da taxa básica de juros, a Selic, em um GT
atualizado
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O presidente-executivo da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, levou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma demanda para discutir no Conselhão a diminuição da taxa básica de juros, a Selic, controlada pelo Banco Central (BC). Ficou determinado, na reunião de, aproximadamente, duas horas, que será montado um GT (grupo de trabalho) para isso.
“Lula autorizou que fizéssemos no Conselhão uma frente para analisar a alta da taxa de juros. Aos bancos não interessa ter taxas elevadas, isso gera maior o risco de greves e inadimplência”, afirmou Sidney no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (16/10). O Conselhão é o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
“Existe narrativa de que queremos juros altos, isso não procede, queremos economia com inflação baixa. Queremos que o Banco Central, assim que possível, retome a taxa mais baixa de juros para democratizar o acesso ao crédito”, continuou.
“Que o governo continue perseguindo o equilíbrio fiscal do Brasil”, falou. “O presidente [Lula] quer continuar o diálogo”, comentou.
Na reunião desta manhã, estiveram presentes os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, além de CEOs dos bancos Itaú, Bradesco e Santander e o presidente do Conselho de Administração do BTG.
O governo federal trava uma batalha com o BC desde o começo do mandato de Lula para a redução da Selic. Apesar de algumas quedas, o índice voltou a subir em setembro.
O chefe do Executivo pode indicar Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do BC, para assumir a Presidência do Banco e espera, assim, retomar a tendência de baixa da taxa. Galípolo tomará o controle em 2025, quando se encerra o mandato de Roberto Campos Neto.
