Conhecido como Frango, preso por fraudes no Rio ostentava nas redes
Detido no Rio publicava fotos em carros importados, jatinho, viagens e festas regadas a whisky e champanhe, regalias financiadas pelo crime
atualizado
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Rio de Janeiro – Um dos presos na Operação Veritas, deflagrada pela Polícia Civil do Rio nesta quinta-feira (4/11), ostentava uma vida de luxo nas redes sociais. Eduardo da Costa Pereira, conhecido como o Frango, exibia fotos de carros importados, jatinho, viagens e festas regadas a whisky e champanhe. De acordo com as investigações, todas as regalias foram financiadas por fraudes bancárias.
Aos 52,8 mil seguidores, Frango justificava as posses como fruto do dinheiro de empresas lícitas, construções e investimento no mercado financeiro. De acordo com a Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) identificou o preso como líder de uma quadrilha que aplicava golpes utilizando cheques furtados e cartões de crédito clonados.
Ainda segundo as investigações, o bando contava com apoio de gerentes de bancos e de agentes das policiais Civil e Militar, possibilitando a movimentação de mais de R$ 13 milhões somente no último ano. O montante foi contabilizado a partir de relatórios de inteligência financeira (RIFs) produzidos pela Polícia Civil.
As grandes movimentações de dinheiro eram feitas, em muitos casos, com o desvio de talões de cheque, que eram descontados com altos valores, confirmados com desvios de ligações para integrantes da quadrilha. Os montantes possibilitaram que Frango tivesse também facilidades em financiamentos. As investigações apontaram que o fraudador pretendia adquirir, por exemplo, um imóvel avaliado em R$ 2,2 milhões.
Parceiros de Frango, um sargento da Polícia Militar também foi preso e um policial civil deverá se entregar ainda nesta quinta-feira (4/11). Ao todo, foram expedidos 15 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão. O juiz Marcelo Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada, determinou ainda o sequestro de bens móveis e imóveis e o bloqueio de contas dos envolvidos que foram investigados por um ano.
Carros e coleção de relógios
Nas apurações, a polícia descobriu que usava seus carros de luxo para demonstrar potencial financeiro. Entre os veículos está uma Land Rover Velar avaliada em R$ 600 mil. Frango também coleciona relógios, um deles o modelo suíço da Audemars Piguet, avaliado em mais de R$ 70 mil.
O dinheiro também tinha origem em transações com criptomoedas. Em uma troca de mensagens realizada em abril, Eduardo Frango afirma ter comprado 180 bitcoins, que poderiam valer R$ 2 milhões, dependendo da cotação.
O preso também chegou a entrar em contato com uma pessoa do Oriente Médio para tratar da compra de pedras preciosas. No celular do suspeito, foram identificadas fotos e trocas de mensagens com um homem identificado como Sheik, que oferecia as joias para venda.