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Conheça os criminosos brasileiros mais importantes na lista da Interpol

Lista pública da difusão vermelha da organização mundial de polícia criminal tem 118 brasileiros. Metade é acusada por crimes hediondos

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Brasileiros procurados pela Interpol
1 de 1 Brasileiros procurados pela Interpol - Foto: Arte Metrópoles

Rio de Janeiro – A lista pública da difusão vermelha da Interpol tem, atualmente, 118 brasileiros procurados pelo mundo afora, que podem ser presos, por qualquer força policial, independentemente do país que estejam. O Metrópoles listou, em ordem alfabética, os responsáveis pelos crimes de maior repercussão nacional ou internacional na lista da organização. A Interpol, parceira de 190 nações, não faz ordem de importância por criminoso.

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Carlos Ghosn Bichara
Fernando Cordeiro
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Heloísa Gonçalves Duque Soares Ribeiro
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Axel Ripoll Hamer

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Olivio Flor

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Romário Freitas de Aquino

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Silvana Seidler

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Walter Mangual Roberts

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Na lista completa de criminosos brasileiros marcados na Interpol, há 13 mulheres e 105 homens, de 22 a 73 anos, autores dos mais diversos delitos, que vão de crimes financeiros a homicídios qualificados. Metade dos 118 acusados responde por crimes hediondos previstos na Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990.

Levantamento feito pelo Metrópoles mostra que a maioria dos brasileiros procurados são acusados de homicídio qualificado (26 criminosos), seguido por homicídio (18), tráfico de drogas (17) e tráfico internacional de drogas (15). O estado de nascimento dos fugitivos que figura no topo do ranking é o Rio Grande do Sul (com 22 bandidos). Na sequência, vêm Mato Grosso do Sul (15), Paraná (14) e São Paulo (13).

“As difusões vermelhas são emitidas contra os fugitivos que têm mandado de prisão e não foram localizados. Eles podem estar sendo processados ou já terem sido condenados e precisam cumprir a sentença. A proposta é de que todas as agências conveniadas à organização localizem o foragido e façam a prisão provisória para, caso esteja fora do Brasil, possibilitar o envio do pedido de extradição”, explica o advogado Yuri Sahione, especializado em direto penal internacional.

Destaque na lista para Carlos Ghosn, ex-diretor executivo das montadoras Nissan, Renault e Mitsubishi, nascido em Guajará-Mirim, Rondônia, que também tem cidadania francesa e libanesa, e é acusado de fraude fiscal no Japão.

Após mais de 100 dias de prisão, em abril de 2019, Ghosn foi libertado sob fiança de 1 bilhão de ienes (cerca de US$ 9 milhões), mas acabou sendo preso novamente um mês depois. Após três semanas, foi solto e passou a cumprir prisão domiciliar sob condições rigorosas de segurança.

Meses depois, o empresário empreendeu uma fuga espetacular, refugiou-se no Líbano – que não tem tratado de extradição com o Japão – e fez um comunicado à imprensa: “Eu não estou fugindo da Justiça. Escapei de uma perseguição injusta e política”, disse à época.

Outra figura conhecida no mundo do crime é Heloísa Gonçalves Duque Soares Ribeiro, a Viúva Negra, alcunha que recebeu pela crueldade das mortes atribuídas a ela. A advogada gaúcha já foi condenada a 12 anos de prisão por bigamia, fraude e falsidade ideológica, mas jamais foi encontrada para cumprir a pena.

A lista de assassinatos da Viúva Negra começou em 1983, ao se casar com Irineu Duque Soares, um securitário de 41 anos, que morava sozinho em Ipanema, no Rio, e foi assassinado cinco meses após o matrimônio, num suposto assalto. Heloísa estava com ele e nada sofreu.

Oito anos depois, o empresário sírio Nicolau Saad, de 71 anos, de quem ela herdaria um fabuloso patrimônio de imóveis em bairros nobres do Rio, foi encontrado morto em seu apartamento, no Leblon, zona sul do Rio. Saad e Heloísa tinham se casado um ano e meio antes.

Em 1992, foi a vez do coronel do Exército Jorge Ribeiro, morto a marretadas em seu escritório, em Copacabana, também zona sul do Rio. No ano seguinte, a Viúva Negra mandou matar o empresário libanês Wagih Elias Murad, que viveu com ela por oito meses. Murah foi morto a tiros, aos 84 anos, na Barra da Tijuca, zona oeste.

Todos os crimes, segundo a Polícia Federal, foram orquestrados pela Viúva Negra. O Disque-Denúncia-RJ oferece R$ 1 mil pela captura de Heloísa.

A Interpol

Fundada em 1923 e hoje presente em 190 países, a Organização Internacional de Polícia Criminal, conhecida como Interpol, é um órgão que facilita a cooperação policial mundial e o controle do crime. Sua sede fica em Lyon, na França.

O Brasil, membro desde 6 de outubro de 1986, tem a Polícia Federal como representante local da Interpol. Agentes brasileiros trabalham em cooperação com a entidade na tradução e divulgação de informação, em investigações internacionais, na repressão de crime transnacional e na busca de foragidos em outros países que se encontram no Brasil ou de brasileiros que estejam no exterior.

O rol de brasileiros procurados pelo mundo afora, porém, é maior. Isso porque há uma lista restrita, só acessada por membros da Interpol, que reúne outros nomes. André Oliveira Macedo, o André do Rap, considerado um dos maiores traficantes de drogas do Brasil e acusado de gerenciar o envio de grandes remessas de cocaína à Europa, está presente nela.

“No sentido legal, não há diferença entre a lista pública e a restrita. Pode até haver policial, mas em todo o processo do pedido de prisão a busca pelo foragido é a mesma para todos os criminosos”, pontua Sahione.

Brasileiros procurados na lista do Ministério da Justiça e Segurança Pública

A Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Seopi/MJSP) possui lista de brasileiros procurados, mas que não tem como premissa a inserção na Interpol.

No rol da Seopi, figuram criminosos como Wellington da Silva Braga, o Ecko, considerado um dos principais narcomilicianos do país. O carioca é acusado de extorsão, homicídio, associação criminosa, entre outros crimes. O Disque-Denúncia do Rio oferece recompensa de R$ 10 mil pela captura de Ecko.

Única mulher da lista, Sonia Aparecida Rossi, a Maria do Pó, também é procurada pelas forças policiais brasileiras. Considerada a maior traficante de cocaína da região de Campinas, em São Paulo, ela abastece favelas paulistas com droga oriunda da Bolívia. Maria do Pó ainda é suspeita de envolvimento no desaparecimento de 340 kg de cocaína do Instituto Médico Legal (IML) de Campinas.

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