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Conheça o vendedor de batata frita do Rio festejado por Snoop Dogg

Vídeo compartilhado por rapper bateu 1,7 milhão de curtidas. “Agora falta ele vir experimentar a Batata de Marechal”, diz Ademar de Barros

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Batata de Marechal
1 de 1 Batata de Marechal - Foto: Aline Massuca/ Metrópoles

Rio de Janeiro – Pouco mais de um mês após se tornar patrimônio imaterial do Rio de Janeiro, a Batata de Marechal foi parar nas redes sociais do rapper americano Snoop Dogg e, se depender do seu Ademar de Barros Moreira, de 67 anos – o criador da iguaria -, o sucesso não vai parar por aí.

Localizada em Marechal Hermes, bairro da zona norte do Rio, a barraquinha do seu Ademar vende uma porção generosa da especiaria em um saquinho, recheado com frango, bacon e linguiça calabresa. A escolha dos molhos fica a gosto do freguês.

Por semana, o empresário compra um caminhão de batatas para atender a clientela diária, que varia de 300 a 400 pessoas.

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Batata de Marechal ficou ainda mais famosa quando teve seu vídeo divulgado pelo rapper americano Snoop Dog no Instagram
Ademar, sócia do rapper e funcionários da barraca
Ao longo da noite, as filas só aumentavam
Ademar conta que tem clientes há mais de 20 anos
Ademar de Barros Moreira, 67 anos, criador da Batata de Marechal
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A porção caprichada vem acompanhada com frango, bacon e calabresa

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Batata de Marechal ficou ainda mais famosa quando teve seu vídeo divulgado pelo rapper americano Snoop Dog no Instagram

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Ademar, sócia do rapper e funcionários da barraca

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Ao longo da noite, as filas só aumentavam

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Ademar conta que tem clientes há mais de 20 anos

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Ademar de Barros Moreira, 67 anos, criador da Batata de Marechal

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Sócia de Snoop degustando as famosas batatas

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A porção caprichada chega a alimentar cinco pessoas

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O mineiro que vive no Rio desde adolescente criou a Batata de Marechal há mais de 30 anos. No início, as vendas não passavam de 10 kgs. Depois de muito sucesso e divulgação dos próprios clientes, Ademar vende em um dia fraco 700 kgs de batata, podendo chegar a uma tonelada em dias mais movimentados.

“O povo vem visitar o Rio de Janeiro e passa aqui. Os americanos adoram, tem gente que já veio até do Japão. E japonês gosta de comer bem. Não ganho fortunas, mas também não fico no prejuízo. Eu ganho mesmo é na quantidade de clientes”, disse Ademar à reportagem na última segunda-feira (27/6).

Para fritar os petiscos, ele utiliza cerca de 80 litros de óleo por dia. Antes das batatas, Ademar já vendeu limão, milho cozido, pipoca e hambúrguer, que também era um sucesso na região. Até que um dia decidiu apostar no petisco, que ganhou fama há cerca de 20 anos, 10 anos depois de sua criação.

“O segredo é a quantidade e o atendimento. Capricho na porção e sempre cuidei bem dos meus clientes. Às vezes um funcionário pode estar em um dia ruim e não vai dar um atendimento de qualidade. Aqui não tem essa, sou eu que atendo. Se ele não gosta de mim, pode ter certeza que vai gostar da batata. Tenho cliente fixo há mais de 20 anos que hoje em dia traz o filho, o neto. Eu viro amigo dos meus clientes”, conta Ademar.

“Se melhorar, estraga”

Dono de um complexo de lojas atrás da barraquinha, Ademar e cinco funcionários fazem o atendimento diário do público. Quando ele não está servindo as batatas, está em um supermercado comprando itens para o negócio.

Antes da pandemia, ele tentou inovar e passou a fazer a venda das batatas na lanchonete, com mesas, cadeiras e um pouco mais de comodidade para o público. Os valores eram os mesmos, combos de R$15 a R$40, mas não funcionou.

“Quero abrir a minha loja aqui atrás novamente, com outros tipos de batata, porções menores e individuais, a partir de R$ 7. Cheguei a abrir uma vez, mas o povo não gosta, não vendia nem metade. O pessoal gosta mesmo é da barraquinha, é disso aqui. Se melhorar, estraga”, conta o empresário.

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Os valores variam de R$ 15 a R$ 40
Sócia de Snoop Dogg foi degustar as batatas
A vendedora Cintia Vieira, 39, e o marido Leandro da Silva, 30, são clientes da Batata de Marechal
Mais de 50 pessoas aguardavam na fila para comprar a batata na noite de segunda-feira
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Ademar de Barros, 67, criador da Batata de Marechal

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Os valores variam de R$ 15 a R$ 40

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Sócia de Snoop Dogg foi degustar as batatas

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A vendedora Cintia Vieira, 39, e o marido Leandro da Silva, 30, são clientes da Batata de Marechal

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Mais de 50 pessoas aguardavam na fila para comprar a batata na noite de segunda-feira

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O público da Batata de Marechal está espalhado pelo Rio. A vendedora Cintia Vieira, 39, e o marido Leandro da Silva, 30, moram em Irajá, cerca de 10 km de distância da barraca de seu Ademar. A batata, que é dividida para cinco, faz sucesso na família.

“É muito boa, feita na hora. Sábado mesmo nós viemos aqui para comprar. Nem é só pelo valor acessível, até porque a gente pega carro de aplicativo. É porque é boa mesmo”, disse Cíntia ao Metrópoles.

Mesmo com 67 anos, se aposentar não está nos planos. “Se a gente parar, cai. Posso até me aposentar pela idade, mas vou continuar com a minha barraquinha e, futuramente, minha loja. Ganho 20 vezes mais em um dia do que uma aposentadoria convencional. Não vale a pena parar”, conta Ademar, que dorme de quatro a cinco horas por noite.

Nas redes do rapper

De Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Jorge Andre, sósia de Snoop Dogg, viajou mais de 20 kms para degustar a famosa batata.

“É bem fritinha, tem frango, calabresa. Tudo que a gente gosta. Aqui é bom demais. Vou trazer meu primo Snoop para provar”, disse o sósia à reportagem.

Feliz com o sucesso da batata nas redes, Ademar ficou impressionado com a divulgação do rapper, que passou a conhecer depois da divulgação do vídeo.

Ao lado do Snoop Dogg de Caxias, sósia oficial do rapper que foi degustar a “Batata de Marechal”, Ademar fez o convite:

“O primo dele já está aqui, agora falta o Snoop vir aqui comer a Batata de Marechal. Quando chegar no Rio, tem que vir aqui”, disse.

Sem fronteiras

O sucesso é tão grande que o nome da batata foi levado ao exterior, inspirado na ideia de Ademar, que não se incomoda com a situação.

“Gente do Brasil, do mundo todo já veio aqui. Em Portugal tem batata de Marechal, restaurante de Marechal. Muitas vezes usam meu nome de forma indevida, mas não esquento com isso, porque o negócio não dura. Aqui eu faço um saco de batata por R$40. O cara vende uma porçãozinha por isso. Aqui a gente alimenta uma família de cinco”, conta o empresário.

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