Conheça o molusco Dragão Azul, comedor de caravelas, encontrado em SP
O animal não é raro, mas aparece muito pouco em mares tropicais, como o brasileiro, o da Austrália e de países do continente africano
atualizado
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A arquiteta Dalma Mesquita Ferreira caminhava em um dia frio por Bertioga, no litoral de São Paulo, quando flagrou a rara aparição do molusco conhecido como Dragão Azul (Glaucus atlanticus), um animal bem pequeno e dificilmente encontrado em praias.
O “Dragão” estava encalhado em uma faixa de areia de Riviera de São Lourenço e quase acabou recolhido pela mulher, que levou uma sacola para pegar o lixo encontrado pelo caminho. O bicho não é venenoso, mas pode soltar uma toxina que queima a pele de quem tocá-lo.
Dalma percebeu algo azul na caminhada, de cor intensa na areia, e decidiu se aproximar, pensando em “um pedaço de plástico”, disse ao G1. “Quando cheguei perto e vi que aquilo se mexia, a minha primeira reação foi verificar se a onda estava chegando para levar embora”, explica. Antes do animal ser levado, ela registrou o momento e enviou ao filho, que explicou que se tratava de um Dragão Azul.
“Eu nunca tinha visto nem na televisão, só na literatura mesmo. A espécie pode ser conhecida, mas ela estava ali na minha frente. Para resumir, é emocionante se deparar com um serzinho desses”, afirma.
O Dragão Azul não é raro, mas aparece muito pouco em mares tropicais, como o brasileiro, o da Austrália, e de países do continente africano. A ventania e a corrente marítima, segundo especialistas, podem fazer com que encalhem na faixa de areia. É um animal pequeno frágil e sensível, que se alimenta de caravelas portuguesas e pode provocar queimaduras. Por isso, é importante que não seja tocado.