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Conheça o interventor nomeado por Lewandowski para o presídio no RN

Policial penal federal já está na cidade de Mossoró (RN) e acompanha buscas por fugitivos de presídio de segurança máxima

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Imagem colorida de Carlos Luis Vieira Pires, interventor presídio de Mossoró
1 de 1 Imagem colorida de Carlos Luis Vieira Pires, interventor presídio de Mossoró - Foto: Reprodução

O Ministério da Justiça nomeou o policial penal federal Carlos Luis Vieira Pires como interventor no presídio federal de Mossoró (RN). A medida foi tomada após a fuga dos presos Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos. Como mostrou a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, trata-se da primeira fuga da história das prisões federais.

O novo interventor foi nomeado por meio da portaria publicada na noite dessa quarta-feira (14/2), que já está em vigor. A intervenção foi determinada pelo ministro Ricardo Lewandowski, que também afastou toda a direção do presídio.

Servidor de carreira desde 2006, Carlos Luis Vieira Pires é o coordenador-geral de Classificação e Remoção de Presos, em Brasília. Ele já foi diretor da Penitenciária Federal em Catanduvas (PR), a primeira unidade do Brasil, e também da Penitenciária Federal de Porto Velho.

Bacharel em Direito, o policial penal tem pós-graduação em Direito Penal e Processual Penal, Direitos Humanos e Ressocialização, além de docência no Ensino Superior. No currículo, Pires acumula atividades de gestão e chefia.

O policial viajou para a cidade potiguar ainda na tarde dessa quarta, junto com o secretário de Políticas Penais do Ministério da Justiça, André Garcia. O diretor do Sistema Penitenciário Federal, Marcelo Stona, também integra a comitiva.

Com isso, ficou em Brasília o diretor penitenciário substituto, José Renato Vaz. Foi ele quem assinou a portaria às 23h02 e designou Vieira Pires para, além de interventor, ser diretor interino da penitenciária de segurança máxima.

Fuga inédita

Os dois presos que fugiram da Penitenciária de Mossoró, na primeira fuga registrada em presídios do sistema federal, foram identificados como Deibson Cabral Nascimento, conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”, e Rogério da Silva Mendonça.

Antes de serem transferidos ao presídio de Mossoró, em setembro de 2023, Nascimento e Mendonça cumpriam pena no Complexo Penitenciário de Rio Branco, no Acre.

A decisão de enviar ambos e mais doze presos ao sistema de cadeias federais foi tomada pelo governo do Acre após uma rebelião no Presídio Antônio Amaro Alves que deixou cinco detentos mortos, em julho de 2023. Ligados ao Comando Vermelho, Deibson Nascimento e Rogério Mendonça estiveram “diretamente envolvidos” com a rebelião, segundo o governo local.

O presídio federal de Mossoró abriga outras lideranças do Comando Vermelho, como Fernandinho Beira-Mar. O traficante, que estava no presídio federal de Campo Grande, foi transferido à prisão no Rio Grande do Norte no mês passado.

Segundo o Ministério da Justiça, “desde a sua criação, é [a penitenciária de Mossoró] referência de disciplina e procedimento, uma vez que nunca houve fuga, rebelião nem entrada de materiais ilícitos nas unidades penitenciárias, aplicando-se fielmente a Lei de Execuções Penais (LEP)”.

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