Conheça o Hezbollah, grupo libanês que recrutou terroristas no Brasil
O Hezbollah, cujo nome significa “Partido de Deus”, é uma organização que surgiu durante a guerra civil no Líbano na década de 1980
atualizado
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A Operação Trapiche, no âmbito da qual a Polícia Federal prendeu, nesta quarta-feira (8/11), pessoas que planejavam atacar prédios da comunidade judaica do Brasil, colocou em evidência o grupo radical libanês Hezbollah, que recrutou os suspeitos de terrorismo. A prática de doutrinar simpatizantes e apoiadores em outros países é recorrente entre as lideranças de organização fundamentalista, que se aliou ao palestino Hamas no conflito com Israel.
O resultado é que a tensão no Oriente Médio aumentou ainda mais, uma vez que os militantes do Hezbollah foram colocados em “alerta de guerra” para um possível confronto com forças israelenses.
O Hezbollah, cujo nome significa “Partido de Deus”, é uma organização que surgiu durante a guerra civil no Líbano na década de 1980. Influenciado pelo Irã e apoiado pela Síria, o grupo concentra-se na resistência contra Israel e na promoção da influência xiita no Oriente Médio.
O grupo surgiu em resposta à ocupação israelense no sul do Líbano. Inspirado e apoiado pelo Irã, o Hezbollah rapidamente se tornou uma força de resistência contra Israel. Sua ala militar é considerada uma das mais poderosas da região, tendo lançado ataques bem-sucedidos contra alvos israelenses.
Além de suas atividades militares, o Hezbollah é uma força política influente no Líbano, com representação no Parlamento e participação no governo. Seu apoio a causas xiitas e sua lealdade ao Irã o colocaram em desacordo com nações ocidentais e árabes sunitas.
Seu papel na resistência contra Israel e sua presença política contínua no Líbano o tornam uma força determinante na região e há grande temor pela entrada de seus combatentes no conflito atual.
Extremismo no Brasil
No Brasil, a Operação Trapiche busca interromper atos preparatórios de terrorismo e obter provas de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no país. Os alvos são terroristas ligados ao Hezbollah e que planejavam ataques em diversos estados do Brasil.
Policiais federais cumpriram dois mandados de prisão temporária em São Paulo e 11 de busca e apreensão. Um dos alvos foi preso no Aeroporto de Guarulhos.
Os recrutadores e os recrutados devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terrorista e de realizar atos preparatórios de terrorismo, cujas penas máximas, se somadas, chegam a 15 anos e 6 meses de reclusão.