Conheça o café cultivado no Espírito Santo que tem 40% mais cafeína
Conhecido como genótipo Forte Guarani, o grão não tem diferença no paladar, mas pode ser usado para atletas, por exemplo
atualizado
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No Dia Nacional do Café, uma joia cultivada no Espírito Santo está chamando atenção de comerciantes e pesquisadores: a Forte Guarani. Com o nome científico de Coffea canephora Pierre ex A. Froehner, esse grão de conilon tem 40% a mais de cafeína que os tradicionais.
A alteração foi feita pelos pesquisadores da Universidade Federação do Espírito Santo (Ufes) Fábio Luiz Partelli e Gleison Oliosi, e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Adriana Farah e Juliana de Paula Lima. Segundo Partelli, o genótipo foi observado em uma lavoura de semente cultivada no interior do município de Vila Valério, no noroeste do Espírito Santo, ainda em 1990.
“Para a escolha do genótipo Forte Guarani, foi considerado o vigor e a resistência a pragas e doenças, tendo produtividade satisfatória e os maiores teores de cafeína no grão, quando comparado aos outros 42 genótipos avaliados na mesma ocasião”, disse o professor ao site da universidade. No início deste ano, a Ufes registrou o café no Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O Forte Guarani tem, em média, 2,86 gramas de cafeína por 100 gramas de grão cru. A média de outros genótipos é de 1,86 grama por 100 gramas. Apesar da diferença, não dá para perceber no paladar, mas o próprio corpo tem um jeito próprio de absorver a substância.
“É um tipo de café para pessoas que gostam de provar cafés diferentes e pessoas que gostam de fazer atletismo e usam a cafeína para se tornarem mais produtivos”, afirma Fábio Luiz Partelli ao jornal A Gazeta.
De acordo com o professor Partelli, o cultivo do Forte Guarani é recomendado para o Espírito Santo, sul da Bahia e leste de Minas Gerais, em altitude inferior a 500 metros. Por enquanto, a encomenda só é possível diretamente com os produtores, pelo e-mail partelli@yahoo.com.br.