Conheça a obra Orixás, que voltará ao Planalto sob comando de Lula
A obra Orixás, de Djanira, retrata três divindades de religiões de matriz africana e foi retirada do Palácio do Planalto por Bolsonaro
atualizado
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A primeira-dama Janja da Silva anunciou que a tela Orixás, da pintora Djanira (1914-1979), voltará a ocupar espaço no Salão Nobre do Palácio do Planalto no novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A obra, que retrata três divindades de religiões de matriz africana, foi retirada de um lugar de destaque do edifício durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), em um ato visto como de intolerância.
No lugar de Orixás foi colocada uma réplica de Pescadores, também pintada por Djanira. À época, o governo não explicou o motivo da mudança.
Conheça a obra
Criada nos anos 1960, a tela retrata três entidades divinas de religiões de matriz africana: Iansã, Oxum e Nanã. A obra tem 3,61 metros de largura por 1,12 de altura.
Ao anunciar o retorno ao Palácio do Planalto, Janja afirmou que a pintura foi danificada ao longo da gestão anterior. Orixás foi restaurada e está em exposição na mostra “Brasil futuro: as formas da democracia”, no Museu Nacional da República, em Brasília.
Nas obras de Djanira da Motta e Silva, eram frequentes as representações de festas folclóricas, religiões, cotidiano de trabalhadores, como tecelões, colhedores de cafés, vaqueiros, entre outros.
A artista pintou as telas Candomblé, Três Orixás, Pescadores e Festa Popular.