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Conheça a moradora de SP que comprou casa na Itália por apenas 1 euro

A consultora Andreia Leda, de 58 anos, se tornou proprietária de um imóvel da época de 1500 em comunidade italiana com 800 habitantes

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Andreia pagou um 1 euro pela casa desta imagem, mas estima ter gastar 20 mil euros com documentação e reforma
1 de 1 Andreia pagou um 1 euro pela casa desta imagem, mas estima ter gastar 20 mil euros com documentação e reforma - Foto: Arquivo Pessoal

São Paulo – Após muitos trâmites burocráticos, Andreia Leda, de 58 anos, está radiante por se tornar proprietária de um imóvel na Itália. Além da casa na Toscana, região que já foi cenário de filmes e encanta pela beleza, a consultora de planejamento comercial tem outro motivo para comemorar. Ela pagou apenas 1 euro (sim, 1 euro!) pela residência, uma construção histórica da época de 1500.

O projeto Casa 1 Euro é uma estratégia do governo italiano para revitalizar imóveis que tenham sido abandonados pelos donos, geralmente, herdeiros que cedem os endereços em troca de abatimento nos impostos. Andreia soube do incentivo governamental em 2020, mas, apesar de parecer bastante atraente, não possuía recursos financeiros para a reforma.

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Andreia pagou um 1 euro pela casa desta imagem, mas estima ter gastar 20 mil euros com documentação e reforma
A casa de 1 euro de Andrea fica localizada no bairro Vetriceto, que integra a comuna italiana Fabbriche di Vergemoli, da província de Lucca
Fabbriche di Vergemoli é uma comuna italiana que tem cerca de 800 habitantes
Brasileiros compraram 16 imóveis no bairro Vetriceto e planejam montar um condomínio fechado
“É um bairro um pouco mais alto na montanha, mais isolado, mais residencial, não tem tanto comércio”, afirmou Andreia
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Andreia Leda, 58 anos, planeja se mudar para a casa de 1 euro na Itália daqui três anos

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Andreia pagou um 1 euro pela casa desta imagem, mas estima ter gastar 20 mil euros com documentação e reforma

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A casa de 1 euro de Andrea fica localizada no bairro Vetriceto, que integra a comuna italiana Fabbriche di Vergemoli, da província de Lucca

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Fabbriche di Vergemoli é uma comuna italiana que tem cerca de 800 habitantes

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Brasileiros compraram 16 imóveis no bairro Vetriceto e planejam montar um condomínio fechado

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“É um bairro um pouco mais alto na montanha, mais isolado, mais residencial, não tem tanto comércio”, afirmou Andreia

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Andrea faz parte de um grupo de 34 brasileiros que compraram 16 imóveis na cidade

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Atualmente, Andreia Leda é consultora de planejamento comercial em São Paulo

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Andreia pretende abrir um café com temática brasileira na comuna italiana Fabbriche di Vergemoli

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O programa casa de 1 euro é uma iniciativa governamental para incentivar a revitalização de cidades italianas

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No entanto, o poder público italiano lançou mais um programa, no qual paga a reconstrução da parte externa da edificação. Foi então que Andreia, que já tinha ido muitas vezes a trabalho para a Itália, resolveu fechar negócio. “Não pensei duas vezes. O mundo deu a volta e tenho uma casa da Idade Média. É uma ruína, mas ela está lá”, comemorou.

As propriedades de 1 euro são praticamente pedras, compramos ruínas. Preciso reconstruir tudo e contratar arquitetos e construtores certificados, porque se trata de um patrimônio histórico”, explicou a brasileira. 

Casa de 1 euro, investimento de 20 mil

Até agora, Andreia gastou 10 mil euros: 1 euro com a residência e o restante para pagar consultoria, medição da propriedade, agente imobiliário e cartório. “Os herdeiros assinaram os documentos e passaram a casa para o meu nome. O próximo passo é o arquiteto criar um projeto. Depois da aprovação, a construção começa e deve terminar daqui um ano”, contou.

Já que o governo italiano arcará com os custos da parte externa, a consultora pretender reservar mais 10 mil euros para a reforma da seção interna do imóvel de 70 metros quadrados. “Colocarei louças, a iluminação e a decoração”, disse.

Para realizar seu desejo internacional, Andreia Leda foi assessorada pelo também brasileiro Douglas Roque, que criou a empresa Sonho It para ajudar interessados em comprar casas na Itália. Segundo o empresário, mesmo se não fizessem parte do programa de incentivo governamental, os imóveis teriam um preço reduzido.

“Geralmente, as casas não custariam muito por conta do trabalho que é encontrar todos os proprietários e resolver a documentação para a aquisição. Se fosse um imóvel com apenas um proprietário e a documentação em dia, acredito que valeria entre 15 a 20 mil euros, dependendo da localização”, calculou Douglas.

Condomínio Vetriceto

O imóvel de Andrea fica no bairro Vetriceto, que integra a comuna italiana Fabbriche di Vergemoli, da província de Lucca. “É uma área um pouco mais alta na montanha, mais isolada e residencial, não tem tanto comércio”, afirmou ela sobre o povoado, em uma cidade de aproximadamente 800 habitantes.

A consultora integra um grupo de 34 brasileiros que compraram 16 imóveis na cidade. “Estamos montando um condomínio. Haverá um número expressivo de brasileiros para desbravar a Toscana”, contou, animada. 

Moradora do movimentado bairro de Pinheiros, na capital de São Paulo, ela pretende se mudar para sua casa de 1 euro daqui a três anos. Esse período inclui um ano de reforma, mais dois nos quais o imóvel será alugado para temporadas, enquanto a proprietária se organiza para a mudança.

Esses dois anos serão decisivos para aprender italiano e me organizar para abrir um negócio lá. Pensei muito em um café com viés brasileiro. Levar cafés brasileiros, brigadeiro e pão de queijo para a região”, explicou ela, que ainda não tem cidadania italiana.

No futuro, a consultora poderá contar com a colaboração da irmã, que faz panificação, mas, no momento, seus planos de vida  incluem apenas o gato Yoda. “Estou me planejando detalhadamente. Vou praticamente me aposentar com 62 anos aqui e então irei embora.”

Adeus, São Paulo

Andrea é carioca, mas foi criada em Santos, no litoral de São Paulo, e se mudou para a capital paulista aos 22 anos. Hoje, leva uma vida no melhor estilo paulistano. “Minha rotina é sempre muito corrida. Nunca fiquei parada. Acordo cedo, vou para a academia, trabalho, faço cursos. Nos fins de semana, saio com os amigos, vou a exposições, ao cinema, almoço fora”, contou a futura moradora de Vetriceto.

Toda a independência que Andrea conquistou desde que decidiu morar sozinha, aos 18 anos, está facilitando no processo de mudança para Itália. “Eu moro sozinha e não tive filhos, então tenho muita flexibilidade para me adaptar a vidas novas.”

Será uma grande transformação se adequar ao ritmo de uma comuna italiana de 800 habitantes. “Eu sei que lá terei uma vida bem mais tranquila, então eu já estou me preparando psicologicamente. Na hora certa, já me vejo lá com o meu café”, disse.

Apesar de ter feito muitas viagens a trabalho para a Itália, a consultora ainda não conhece a Toscana, na região central do país. “Estou esperando a Itália reabrir para ir com uma amiga, que também comprou uma residência de 1 euro. Vamos para lá ver nossas casinhas”, comemora Andrea.

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