metropoles.com

Congresso: o que defendem candidatos sem favoritismo às presidências

Além dos favoritos Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), outros seis candidatos seguem na disputa

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Agência Câmara e Agência Senado
imagem colorida mostra candidatos à presidência da Câmara e do Senado no Congresso - Metrópoles
1 de 1 imagem colorida mostra candidatos à presidência da Câmara e do Senado no Congresso - Metrópoles - Foto: Agência Câmara e Agência Senado

A Câmara dos Deputados e o Senado Federal escolhem, no próximo sábado (1º/2), os novos presidentes que comandarão o Congresso Nacional nos próximos dois anos. Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP) despontam como favoritos, respectivamente, e podem inclusive atingir recorde de votos, com alianças bem construídas.


Entenda as eleições da Câmara e do Senado

  • No próximo sábado (1º/2) os deputados e senadores irão retornar a Brasília para escolha dos próximos presidentes das casas legislativas e os parlamentares que irão compor as mesas diretoras.
  • Na Câmara, o candidato precisa da maioria absoluta dos votos para se eleger: 257 deputados. Já no Senado, é necessário o apoio de 41 dos 81 senadores.
  • O voto para escolha dos próximos presidentes do Legislativo é secreto, com isso, os parlamentares podem trair a indicação partidária.

Outros seis parlamentares, porém, mantém a candidatura aos cargos: dois na Câmara e quatro no Senado. São eles: Pastor Henrique Vieira (PSol-RJ) e Marcel  Van Hattem (Novo-RS) na Casa Baixa; Soraya Thronicke (Podemos-MS), Marcos do Val (Podemos-ES), Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE) na Casa Alta.

O Metrópoles conversou com os congressistas para entender as propostas, que vão da defesa à crítica da anistia para envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro de 2023, pautar o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ou o fim da escala de trabalho 6×1 no país e aumentar a representatividade feminina em espaços de poder no Congresso.

Veja quem são os candidatos:

6 imagens
Deputado Pastor Henrique Vieira  (PSol-RJ)
Senador Marcos Pontes (PL-SP)
Senador Marcos do Val (Podemos-MS)
Deputado Marcel Van Hatten (Novo-RS)
senador Eduardo Girão (Novo-CE)

Conheça as propostas dos candidatos sem favoritismo às presidências do Congresso Nacional:

Câmara dos Deputados

Pastor Henrique Vieira (PSol-RJ)

Fluminense de Niterói (RJ) em primeiro mandato, Pastor Henrique Vieira (PSol-RJ) tem 37 anos e é vice-líder do governo Lula na Câmara. É graduado em Ciências Sociais, Teologia e História e pastor da Igreja Batista do Caminho.

As quatro principais bandeiras de campanha do deputado são: ser contrário à anistia para participantes dos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro, o debate sobre a transparência das emendas parlamentares, combater a violência política na Câmara e pautar projetos mais populares.

“Dentro das forças democráticas cabe uma pluralidade saudável que valoriza a democracia. Direita, centro-direita, esquerda, centro, centro-esquerda. A extrema-direta é outra coisa. Vejo como um risco para a pluralidade que a democracia busca proteger”, argumenta Vieira ao Metrópoles.

Para o deputado, Motta pode consolidar interesses com a extrema-direita, que não pode ser naturalizada como apenas mais uma força política dentro do campo democrático. “Mais do que marcar posição, [minha candidatura quer] denunciar que a democracia está sob ataque. Uma mera conciliação não vai segurar o monstro do facismo brasileiro”, destaca o pastor, ao citar a música Eu só peço a Deus, da argentina Mercedes Sosa.

Entre os projetos de interesse, estão o fim da escala 6×1, a taxação de grandes fortunas, a ampliação da isenção do Imposto de Renda para até R$ 5 mil. Vieira estima que pode receber, em média, cerca de 30 votos.

Marcel van Hattem

Candidato à presidência da Câmara dos Deputados pela quarta vez consecutiva, Marcel van Hattem, de 39 anos, é formado em Relações Internacionais e possui especialização em direito, economia e democracia constitucional, ambos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O deputado pelo Novo se mostra como uma opção da oposição ao governo Lula na disputa pela Casa Baixa. Durante a campanha pela presidência da Casa, ele defende pautar o projeto de lei (PL) que visa anistiar os envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e evitar pautas que ampliem a renúncia fiscal.

“Me comprometo a não pautar nenhum tipo de aumento de imposto, e inclusive buscar projetos que reduzam a carga tributária no Brasil porque nós estamos vendo o tamanho da inflação”, promete o deputado do Novo, caso eleito.

Ele também defende que, caso assuma o comando da Câmara, irá pautar um dos pedidos de impeachment contra o presidente Lula. Marcel van Hattem se compromete ainda em avançar com o projeto de anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

O PL da Anistia estava pronto para ser analisado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, mas foi retirado de pauta pelo presidente Arthur Lira (PP-AL), que criou uma comissão especial para tratar do tema.

Senado Federal

Eduardo Girão

Cearense de Fortaleza (CE), Eduardo Girão (Novo-CE), de 52 anos, está no primeiro mandato como senador da República. Ele chegou a ser presidente do Fortaleza Esporte Clube em 2017, e decidiu seguir na carreira política no ano seguinte.

As principais bandeiras de Girão para o comando do Senado são o impeachment de ministros do STF, o fim do foro privilegiado e a anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro.

“O Congresso Nacional está desmoralizado perante a opinião pública e de forma legítima, porque se submete a ver tamanhas barbaridades, tamanhos desrespeitos à lei, especialmente daqueles que deveriam ser os seus primeiros guardiões. Então, eu vou colocar uma análise de algum dos 60 pedidos de impeachment que tem. Isso é um clamor crescente, independente se é pessoal ligado à direita, à esquerda”, defende o senador pelo Novo.

Eduardo Girão critica a candidatura de Davi Alcolumbre, que já presidiu o Senado Federal entre 2019 e 2021. Para o senador pelo Novo, é importante que a Casa Legislativa foque em matérias de interesse da sociedade, e não em pautas de partidos, como é o caso das emendas parlamentares.

Soraya Thronicke

Advogada sul-mato-grossense de 51 anos, Soraya Thronicke (Podemos-MS) foi eleita pela primeira vez ao Senado em 2018. É a única mulher candidata à presidência de uma das duas Casas no pleito deste ano.

Soraya protocolou o requerimento para criação da comissão parlamentar de inquérito (CPI) das Bets no Senado, e se tornou relatora do colegiado, que consolidará os trabalhos neste ano.

Também foi titular na comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, que investigou o financiamento e a realização dos atos antidemocráticos que depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília (DF).

Marcos do Val

O ex-militar de 53 anos também foi eleito em 2018 e está no primeiro mandato como senador pelo Podemos do Espírito Santo.

O principal alvo do parlamentar é o ministro do STF Alexandre de Moraes, após ser alvo de bloqueio de bens por descumprir ordens judiciais do magistrado. Depois da medida, chegou a dizer que se mudaria para a sede do Senado Federal por falta de recursos.

Também é favorável à anistia para participantes dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e a analisar propostas de impeachment contra ministros da Suprema Corte.

Marcos Pontes

Marcos Pontes (PL-SP) é formado em engenharia aeronáutica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e ganhou popularidade ao ser o primeiro brasileiro a ir ao espaço. O senador começou na carreira política como ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações de 2019 a 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

O senador astronauta se lançou como candidato à presidência do Senado ainda no ano passado, no entanto, não contou com o apoio do PL e chegou a ser criticado publicamente por integrantes do partido, incluindo o ex-presidente Bolsonaro.

Marcos Pontes tem como bandeira de campanha a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e se coloca como o candidato da direita para comandar o Congresso Nacional.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?