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Congresso Nacional foi palco de brigas e até assassinato. Relembre

Deputados protagonizaram brigas mais acaloradas na Casa Legislativa, o que fez com que o presidente da Câmara tomasse uma atitude mais dura

atualizado

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Foto colorida de reunião do conselho de ética da Câmara dos Deputados - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de reunião do conselho de ética da Câmara dos Deputados - Metrópoles - Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), apresentou uma mudança no regimento interno da Casa para punir, de forma mais firme, os deputados que protagonizarem brigas e discussões mais exaltadas. A decisão foi tomada após bate-boca entre parlamentares no Conselho de Ética. No entanto, não é a primeira vez que o Congresso Nacional é palco de desentendimentos mais violentos.

Pela proposta, o mandato do deputado pode ser suspenso por até seis meses quando o parlamentar for alvo de representação por quebra de decoro. Todavia, a matéria não especifica o que pode ser considerado motivo para levar a suspensão.

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Zé Geraldo (PT-PA) e Wellington Roberto (PL-PB) por pouco não vão às vias de fato
Nikolas e Janones protagonizaram discussão no Conselho de Ética
Filmagem do deputado Glauber Braga
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Brasília (DF) 28/03/24 Comitiva diplomática do presidente da França Emmanuel Macron chega ao Congresso Nacional. Presidente francês Emmanuel Macron segue para se encontrar com o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

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Zé Geraldo (PT-PA) e Wellington Roberto (PL-PB) por pouco não vão às vias de fato

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Nikolas e Janones protagonizaram discussão no Conselho de Ética

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Filmagem do deputado Glauber Braga

Reprodução

Morte no Congresso Nacional

Em 1929, quando a Câmara ainda era no Rio de Janeiro, capital do Brasil à época, uma briga entre deputados federais acabou em morte. O gaúcho Luís Simões Lopes encontrou o desafeto Sousa Filho, que lhe deu uma bengalada. Simões, para não ficar por baixo, sacou um revólver e deu dois tiros em Sousa Filho, que morreu no local. A história, que tem 94 anos, foi detalhada pela edição do jornal O Estado de S. Paulo de 27 de dezembro daquele ano.

Já em Brasília, na atual capital, uma discussão entre senadores resultou em assassinato na tribuna da Casa Alta. Em 1963, o senador alagoano Arnon de Mello, pai do ex-presidente Fernando Collor de Mello, sacou uma arma e atirou três vezes contra o colega Silvestre Péricles, mas acertou José Kairala, senador pelo Acre, que morreu horas depois.

Ameaças na Câmara

O deputado pelo Rio de Janeiro Tenório Cavalcanti, conhecido por usar uma capa preta e carregar consigo uma submetralhadora alemã batizada de “Lurdinha”, também protagonizou discussões acaloradas na Câmara dos Deputados.

Em 1960, Tenório Cavalcanti e Antônio Carlos Magalhães (ACM), deputado pela Bahia, trocaram insultos. O deputado baiano acusou Cavalcanti de ser “rei da Baixada Fluminense”.

“Vossa excelência pode dizer isso e mais coisas, mas na verdade o que vossa excelência é mesmo é um protetor do jogo e do lenocínio, porque é um ladrão”, completou ACM. Para não deixar barato, Cavalcanti sacou Lurdinha e ameaçou o colega: “Vai morrer agora mesmo!”. O deputado baiano retrucou e mandou o colega atirar. No entanto, os ânimos foram acalmados com apoio dos parlamentares que estavam no local.

Empurrões e discussões

Com a virada do século, as armas não foram mais vistas no Congresso Nacional. Ainda assim, a casa do Legislativo continuou palco de discussões acaloradas entre parlamentares.

Durante a sessão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, em 2013, que analisava um pedido de afastamento do então presidente da Casa, Eduardo Cunha (PTB-RJ), os deputados Zé Geraldo (PT-PA) e Wellington Roberto (PL-PB) por pouco não vão às vias de fato por desentendimento sobre o processo contra Cunha.

Confira:

Outra briga na Câmara dos Deputados, mas dessa vez no plenário da Casa, foi entre Alberto Fraga (PL-DF) e Laerte Bessa (PL-DF) . A discussão aconteceu em novembro de 2018, quando os parlamentares debatiam a decisão do então governador eleito Ibaneis Rocha (MDB) para extinguir a Casa Militar.

Veja:

Na atual legislatura, os deputados Paulo Guedes (PT-MG) e Gilvan da Federal (PL-ES) causaram uma confusão também no plenário da Câmara dos Deputados, em julho do ano passado. Na ocasião, o parlamentar petista rebateu críticas feitas por Gilvan da Federal contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Relembre:

Já neste ano, o deputado Glauber Braga (PSol-RJ) empurrou e expulsou da Câmara dos Deputados um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), identificado como Gabriel Costanero. O parlamentar acusou Gabriel de tê-lo xingado. O deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP) saiu em defesa do membro do MBL.

Confira:

A confusão mais recente, que motivou a mudança de postura de Arthur Lira, foi entre Nikolas Ferreira (PL-MG) e André Janones (Avante-MG). O Conselho de Ética foi o centro da confusão entre os deputados mineiros que não foram as vias de fato graças aos colegas e a Polícia Legislativa, que interveio.

Veja:

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