Confronto com a Venezuela somente se o Brasil for atacado, diz Mourão
Em entrevista, o vice-presidente disse ainda que “[Nicolás] Maduro não é louco a esse ponto”
atualizado
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O vice-presidente Hamilton Mourão descartou um ataque à Venezuela em entrevista à BBC News Brasil. Um eventual conflito somente aconteceria se fosse iniciado pelo país vizinho. “Mas eu acho que o [Nicolás] Maduro não é tão louco a esse ponto”, afirmou.
No dia que o presidente venezuelano anunciou o fechamento da fronteira com o Brasil, essa quinta-feira (21/2), Mourão concedeu diversas entrevistas no Anexo II do Palácio do Planalto. Ele será o representante brasileiro na reunião do Grupo de Lima, que vai discutir a crise na Venezuela na próxima segunda-feira (25).
Mourão comentou outros assuntos ligados ao governo de Jair Bolsonaro (PSL), como a demissão do ex-ministro Gustavo Bebianno. “Essa relação veio se desgastando por diversos motivos e o ponto final, a ruptura disso aí, foi aquela… o presidente sabia da divulgação dos áudios dele. Ali ele considerou que a confiança tinha sido quebrada”, opinou.
Sobre as denúncias de que o partido do presidente, o PSL, usou candidaturas laranja nas últimas eleições, Mourão disse ter certeza de que Bolsonaro não sabia. “O presidente não era o dono do PSL, era apenas um candidato e, obviamente, estava preocupado com a montagem da campanha dele”, afirmou.
Em relação ao papel dos três filhos de Bolsonaro no governo, Mourão acredita que, “com o passar do tempo, cada um vai entender o tamanho da cadeira que tem”. A tendência, para o vice-presidente, é de que os três se dediquem mais “às funções legislativas para as quais foram eleitos”.