Confira o pedido de prisão de Sara Winter na íntegra
Líder do 300 pelo Brasil foi presa preventivamente na manhã desta segunda-feira (15/06)
atualizado
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A ativista bolsonarista Sara Winter foi presa temporariamente na manhã desta segunda-feira (15/06h). Investigada por ameaças contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Ela está, desde cedo, na superintendência da Polícia Federal aguardando a presença dos advogados.
De acordo com a defesa da líder do 300 pelo Brasil, a prisão foi efetuada por volta das 7h e Sara pode ficar até 5 dias encarcerada. Ao Metrópoles, o advogado Bertoni Barbosa de Oliveira disse que a própria cliente que avisou sobre o caráter da prisão, que é temporária.
Alvo do inquérito contra as Fake News que corre na Corte, Sara ameaçou o relator da ação quando um mandado de busca e apreensão ocorreu, no fim de maio, em sua casa, dizendo que faria da vida de Moraes “um inferno”.
Desde então, ela entrou na mira da Polícia Federal (PF). Segundo defesa da ativista, ela agiu no “calor da emoção” e, por isso, acabou extrapolando na fala. O pedido de prisão foi assinado pelo próprio Moraes. Confira o documento na íntegra:
Prisão preventiva
Na noite desse sábado (13/06), Sara usou as redes para dizer que o pedido da prisão preventiva foi encaminhado à corregedoria, que teria 24h para decidir sobre a medida. Aos seguidores, ela disse que vai ser a terceira “presa política” levada pelo Supremo.
“Mais uma noite de apreensão: O procurador Frederick Lustosa havia arquivado meu pedido de prisão e hoje foi duramente pressionado pela corregedoria. Ele tem menos de 24h para manifestar-se. Amanhã posso ser a 3a presa política do Regime do STF. Os outros são Jurandir e Bronze”, disse.
Bronze e Jurandir são militares da reserva que foram presos por desobediência, descumprimento de medida sanitária preventiva e incitação ao crime, ao se manifestar contra Moraes em frente à sua residência.
Ainda de acordo com os advogados, um pedido de asilo informal foi feito à embaixada dos Estados Unidos devido uma leva de supostas ameaças contra a bolsonarista após disparar contra Moraes e o STF.
“O asilo foi só uma de várias outras estratégias jurídicas diariamente elaboradas pela presente equipe e apresentadas para a nossa queridíssima Sara Winter, a qual é livre para aceitar ou não as sugestões”, disse, Bertoni, ao Metrópoles. O pedido, porém, foi negado.
Assim como os petistas na época do mensalão e do petrolão – principais escândalos da era do PT à frente do governo federal – os bolsonaristas que são alvos da justiça por espalhar, supostamente de forma sistemática e com financiamento – fake news e ameaças aos outros Poderes também usam a alcunha “preso político” para tratar a reação das autoridades contra supostos crimes.