“Confie nas vacinas certificadas pela Anvisa”, diz diretor-presidente Antonio Barra Torres
Antonio Barra Lima votou a favor do uso emergencial das vacinas do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) contra a Covid-19
atualizado
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O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, votou a favor do uso emergencial das vacinas do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) contra a Covid-19.
Barra Torres foi o último dos cinco diretores a votar. Em seu discurso, o presidente ressaltou que a aprovação das vacinas não significa o fim do perigo causado pela Covid-19. “A ameaça ainda está à porta. O lobo ainda ronda o nosso quintal”.
O presidente comparou a situação da pandemia no Brasil a um cenário de guerra, e frisou que todos devem seguir as medidas de segurança recomendadas pelas autoridades de saúde. Ele também pediu: “confie nas vacinas certificadas pela Anvisa”.
“Nesta contenda, as máscaras são elmos. O álcool em gel e a higiene das mãos, são luvas. E o distanciamento social é a forma de ainda mais nos unirmos rumo à vitória que virá, a nossa vitória final”.
Recorde mundial
O presidente também ressaltou que a agência bateu um recorde mundial: a Anvisa é o primeiro órgão regulador do mundo a aprovar, ao mesmo tempo, dois protocolos de uso emergencial para vacinas. Todo o processo foi realizado em apenas 9 dias.
“A Anvisa é hoje a única agência reguladora do mundo a avaliar ao mesmo tempo dois protocolos vacinais de uso emergencial. E o fez em tempo recorde de 9 dias, um feito sem precedentes no dia de hoje. Nenhum outra agência reguladora, com todos recursos, sejam a europeia, a inglesa ou a norte-americana, bateram essa marca”, disse Barra Torres, parabenizando os servidores da Anvisa pelo trabalho.
Termo de consentimento
Outro ponto ressaltado por Antonio Barra Torres foi a diferença entre autorização oficial e uso emergencial de uma vacina. Segundo o presidente da Anvisa, o uso emergencial é temporário, diferente do processo de autorização, que é permanente e muito mais complexo.
“Esse uso que estamos tratando aqui hoje é emergencial. Ouviu-se muito falar, durante todos os últimos meses, em autorização emergencial. Autorização não é emergencial, o uso é. O processo de autorização é complexo. O uso emergencial é temporário, tem uma data de início e de termo, e é experimental. Isso impõe algumas questões”, explicou.
Portanto, diante do caráter temporário de aplicação das vacinas, Antonio Barra Torres ressaltou que a aplicação não será obrigatória, e que os pacientes deverão assinar um documento ao receber as doses do imunizante.
“Fica portanto, claro, que o uso, nesse caso, é voluntário, porque é um produto que ainda está em desenvolvimento. E envolve o diálogo entre o aplicador e aquele que será vacinado para que seja assinado o termo de consentimento”, garantiu.